O Jogo

“TEMOS DE IR COM MAIS DO QUE TUDO”

Paulo Jorge Pereira, selecionad­or nacional, aborda a qualificaç­ão olímpica que hoje se inicia em três sedes, sendo a da equipa das Quinas na Hungria. Heróis começam com a Noruega

- RUI GUIMARÃES

Pela segunda vez consecutiv­a, a seleção portuguesa procura chegar aos Jogos Olímpicos, depois da primeira, em 2021, ter corrido bem. Os lusos tentam qualificar-se agora para o torneio de Paris.

Começa hoje, a partir das 17h30, em Tatabánya (Hungria), a corrida da Seleção Nacional de andebol aos Jogos Olímpicos de Paris, entre 26 de julho e 11 de agosto próximos. Um sprint – três jogos em quatro dias – que os Heróis do Mar repetem, ou seja, é a segunda vez consecutiv­a, após a campanha bem-sucedida no torneio pré-olímpico de França, em 2021 – devido à pandemia os Jogos de Tóquio foram adiados um ano. Na altura, no Japão, o andebol tornava-se a primeira modalidade coletiva de pavilhão portuguesa a alcançar o evento desportivo mais importante do planeta. “Pouca gente tem consciênci­a do que é estar em dois préolímpic­os seguidos. É preciso fazer ou um excelente Mundial ou um excelente Europeu no ano olímpico ou no anterior. No Mundial de 2023, que tínhamos de ficar no top-8, não conseguimo­s, e agora, em janeiro, no top-8 europeu, o que alcançámos e é muito mais exigente”, recordou Paulo Jorge Pereira, o mais bem-sucedido selecionad­or nacional de andebol português de sempre. “Esta é a luta das lutas”, disse o técnico amarantino, para quem esta seleção habituou-se “a lutar contra o pré-estabeleci­do”. “Uma coisa é jogar aqui em Matosinhos, ou no Rosa Mota, ou em Lisboa com os nossos apoiantes, outra é o que nos vai acontecer na Hungria, onde iremos ter entre 14 a 16 mil húngaros, e norueguese­s são sempre entre cinco e seis mil. Teoricamen­te, Portugal podia perder, mas, mais uma vez, assumimos que queremos ganhar, já esse princípio é ótimo para abordar a competição na base do estamos muito esperançad­os que...”.

São três partidas, com Noruega, Tunísia e Hungria, mas, por ora, só os escandinav­os estão no pensamento.“Eutenhoost­rês jogos preparados, embora para os atletas apenas tenhamos passado informação da Noruega. É o jogo mais importante, é o próximo e o primeiro”, justificou

Paulo Jorge, deixando um alerta à navegação: “Vamos jogar já com a Noruega e não nos podemos esquecer que nos últimos quatro jogos com eles ganhámos um, que foi o último. Pensar que, por termos ganho o último, vamos ganhar este, é um erro grande. Eles vêm com tudo e nós temos de ir com mais do que tudo, estamos

“Perdemos por 11 com a Alemanha e pedi para se por uma música do Leonard Cohen, que diz ‘First we take Manhattan, then we take Berlim’”

“Antes eu dizia e eles faziam. Hoje ouço os atletas, recolho informação deles”

“Tem sido um prazer trabalhar com este grupo que, mais uma vez, pode fazer história”

a planificar muito bem esse jogo.” “Felizmente, tenho atletas de um nível altíssimo, às vezes são eles que sugerem o que fazer e eu, se vir que a ideia é boa, aceito-a de imediato. Seria um prejuízo para a Seleção não aproveitar­mos o talento e tudo o que estes atletas sabem do jogo”, elogiou o treinador do conjunto luso.

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