“Temos negócios feitos que nos vão permitir resistir”
Na condição de recandidato às eleições, o atual presidente visitou a Casa do FC Porto de Espinho e garantiu que a SAD terá condições para manter os jogadores em 2024/25
Paixão pelo clube foi fundamental para ir, de novo, a eleições, apesar do alerta da filha Joana. Num apelo ao voto dos sócios, disse ainda que “não podia deixar a meio a construção de uma grande equipa”.
Pinto da Costa não quis deixar a meio a “construção de uma grande equipa” para 2024/25 e essa foi uma das razões que apontou para ir, uma vez mais, a eleições no FC Porto, garantindo ter negócios feitos que vão permitir resistir ao assédio pelos jogadores no próximo mercado de verão. “Entendi que não podia virar as costas ao FC Porto e não queria deixar a meio a construção de uma grande equipa como estamos a fazer. Fomos acusados de que não tínhamos feito uma equipa de reforços condignos, mas quem tiver visto os últimos jogos e vir que os quatro reforços que contratámos nesta época, o Francisco Conceição, o Otávio, o Varela e o Nico González, todos entre os 20 e os 22 anos, são a prova de que, de facto, não descuidamos a construção da nossa equipa”, referiu na Casa do FC Porto de Espinho, perante cerca de 150 sócios, repetindo, aliás, uma ideia que já tinha deixado em declarações exclusivas a O JOGO após a goleada ao Benfica.
“É uma equipa extremamente jovem, reconhecida em toda a Europa como uma das melhores, teve a infelicidade de falhar nos penáltis, como falhou o Inter ontem [anteontem]. Mas estamos a construir uma grande equipa. E é isso que eu não quero ver desmantelado, porque já ouvi que a solução era vender dois ou três jogadores. Não, nós temos negócios feitos que nos vão permitir resistir, digamos, ao ataque que são feitos aos nossos jogadores”, acrescentou.
Nesse sentido, Pinto da Costa revelou os trunfos financeiros que tem na manga para manter o plantel. “Já temos garantidos 50 milhões da ida ao Campeonato do Mundo para a próxima época. Já temos garantidos cerca de 65 milhões num negócio que fizemos em que 50 milhões vão ser efetivos e os outros 15 são para alterações e grandes melhoramentos no Dragão. E por isso entendi que devia encarar de frente”, sublinhou.
Pinto da Costa sublinhou que a paixão pelo FC Porto “é que tem que ser o denominador comum” de todos. “De mim, dos sócios, dos que gostam de mim, dos que não gostam. E é essa paixão que ao fim de tantos anos eu não sinto esmorecer, pelo contrário, sinto redobrar”, assegurou, antes de revelar uma conversa com Joana Pinto da Costa. “A minha filha, que nasceu no ano em que fomos campeões europeus pela primeira vez, em 87, dizia-me antes de eu tomar esta decisão: ‘Oh pai, eu sei que o grande amor da tua vida é o FC Porto, mas não te esqueças que tens três netinhos que não podem só conhecer-te através da televisão.’ Isso fez-me realmente pensar muito, mas expliqueilhe que a paixão quando é uma paixão sincera não se pode, de maneira nenhuma, abandonar. Eu não fui capaz de dizer não ao FC Porto”, atirou, terminando com um apelo. “Só vos peço que votem. Votem com paixão e votem no que pensarem que é melhor para o FC Porto. Da minha parte, só tenho um objetivo: é que um dia que eu termine, saber que todos reconheceram que a minha vida foi de facto dedicada ao FC Porto por inteira paixão. E que onde eu me sinto bem é no meio de vós, portistas. Não é nas altas figuras, nem ir buscar figurantes para ter na primeira fila. Eu quero da primeira à última fila pessoas que sentem e amam o FC Porto”, concluiu.