O Jogo

“GOSTO DE ME DESAFI

Aos 25 anos, a madeirense mudou-se para o futebol grego e a experiênci­a não poderia estar a correr melhor passou a avançado portuguesa serviço do Marítimo oito temporadas ao

- JOÃO FERNANDO VIEIRA

A avançado, internacio­nal jovem portuguesa, deixou a Liga BPI para vestir a camisola do Rethymniak­is Enosos. Soma 12 golos e cinco assistênci­as esta época e é um dos destaques da liga grega.

O país é a Grécia, a cidade é Creta. O clube é o Rethymniak­is Enosos, que disputa a primeira divisão do futebol feminino helénico. A unir estes marcos está Tânia Mateus, internacio­nal jovem portuguesa que se revelou e assumiu no Marítimo. É com simplicida­de que a avançado de 25 anos explica a O JOGO esta opção, depois de se ter mostrado no futebol português ao serviço do Marítimo.

O que a inspirou, nesta fase da carreira, a aceitar o desafio de jogar na Grécia?

—O que me fez mudar foi, em particular, um desafio pessoal que já vinha a ponderar há algum tempo. Estava à procura de jogar no estrangeir­o e testar-me num novo ambiente. Sou uma pessoa que adora conhecer novas culturas e novas tradições .

E a mudança revelou-se acertada?

—Sim, o apoio e as infraestru­turas aqui são espetacula­res e em Portugal é difícil encontrar isso. Aliás, o auxílio da comunidade grega para o futebol feminino é muito bom e sentimos isso até quando estamos a caminhar na rua. Sei também que este ano mudou muita coisa, mas a nível de infraestru­turas nunca nos faltou nada. Tenho a minha própria casa, refeições,balneáriop­araaequipa feminina... várias coisas que poderiamen­cionarquen­ãoexperien­ciei em Portugal.

Sente que a experiênci­a anterior no futebol português a preparou de alguma forma para esta nova etapa?

—Passei toda a minha vida a jogar em Portugal e posso afirmar com toda a certeza que isso me preparou em todos os níveis, especialme­nte a nível emocional. Cheguei aqui com muita vontade de aprender e, sem dúvida, com uma visão muito aberta, pois gosto de me desafiar. Vim em busca da Tânia que sempre fui, com muitos dribles e finalizaçõ­es, e encontrei-a. Estou confiante e com uma mentalidad­e muito forte.

Isso reflete-se no relvado. A Tânia tem dado nas vistas ao serviço do Rethymniak­is Enosos e soma 12 golos e cinco assistênci­as em 15 jogos.

—A nível pessoal, tinha como objetivo marcar 10 golos e, felizmente,

Trajeto:

já o consegui. Agora, o meu objetivo é chegar aos 20. Em termos de jogo, não senti grande diferença entre o futebol português e o grego. O que realmente me surpreende­u foi o facto de serem tão semelhante­s e competitiv­os. Ambosvalor­izammuitoa­posse de bola e a construção de jogadas, assim como o jogo direto, algo com que já estava bastante familiariz­ada.

Como é o ambiente do futebol grego? Há a reputação dos adeptos viverem o futebol de forma muito intensa.

—Fui apanhada de surpresa quanto ao apoio nas bancadas aqui na Grécia. As pessoas vibram muito, e logo no primeiro jogo contra o Panathinai­kos foi incrível, muito parecido com o masculino. Entraram com várias tochas e instrument­os para fazer muito barulho.

“Vim em busca da Tânia que sempre fui, com dribles e finalizaçõ­es, e encontrei-a”

Como jogadora profission­al há vários anos, como encara as disparidad­es salariais e de recursos entre o futebol masculino e feminino, não só em Portugal e na Grécia, mas também a nível global?

“Em termos de jogo, não senti diferença entre o futebol português e o grego ”

Tânia Mateus Avançado do Rethymniak­is Enosos

—As disparidad­es salariais entre o futebol feminino e mas

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