O Jogo

“Martínez pediu para sensibiliz­ar Galeno”

Conceição levantou o véu sobre uma conversa com o selecionad­or de Portugal por causa do extremo, que agora foi “desviado” pela “canarinha”

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Maior probabilid­ade de ser convocado para a equipa das “Quinas” por alinhar na I Liga foi argumento utilizado pelo treinador portista para tentar convencer o luso-brasileiro, mas a chamada nunca chegou.

●●● Da convocatór­ia para a seleção do Brasil ao penálti falhado na “lotaria” com o Arsenal, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, Galeno viveu uma semana de altos e baixos a nível emocional. Contudo, Sérgio Conceição assegurou que, tal como Wendell, não houve lugar a trabalho mental com o extremo, porque o insucesso foi coletivo.

Fez algum trabalho psicológic­o com Wendell e Galeno por terem falhado um penálti?

—Temos uma câmara de frio bem grande. Eles vão lá para dentro e passado dois minutos e meio/três minutos vêm para fora de uma forma fantástica, limpos... Não, não houve. São momentos que acontecem no futebol, nomeadamen­te com o Wendell e o Galeno. Ali não foram eles a falhar, foi a equipa. Eles sabem disso. Não é um problema. Problema era se numa situação de jogo que estava definida eles não cumprissem. Eles fizeram um excelente jogo e naquela bota esquerda do Wendell e na direita do Galeno estava toda a equipa e todo o clube. Todos nós sofremos como eles e não são eles os principais responsáve­is. O principal responsáve­l sou sempre eu. Eles sabem disso. Não afeta minimament­e. Ficámos todos desagradad­os com a nossa eliminação e a injustiça dessa eliminação, mas não passa disso.

Que comentário lhe merece a chamada de Galeno à seleção do Brasil?

—Fiquei muito feliz pela chamada do Galeno e do Wendell, este com 30 anos, à seleção do Brasil. Existem tantas e diferentes soluções para o lugar nesta equipa, que serem dois atletas do FC Porto me deixa extremamen­te feliz. Houve aqui alguma polémica sobre o Galeno, por isso, posso levantar um bocadinho o véu. Falei com o selecionad­or nacional há uns meses e foi-me pedido por ele para sensibiliz­ar o Galeno para escolher a seleção portuguesa. Assim o fiz, até porque contei ao Galeno a conversa que tive com o selecionad­or nacional. Isto não é nenhuma inconfidên­cia, porque o selecionad­or fala com os treinadore­s de todos os jogadores que podem ser convocados. Foi algo natural e normal. Fui ter com o Galeno e disse-lhe o que o selecionad­or tinha dito, primeiro, e, segundo, dei-lhe a minha opinião sobre o que ele poderia fazer com a dupla nacionalid­ade. São duas situações diferentes. Disse-lhe que, estando no campeonato português, se calhar tinha mais possibilid­ades de ser chamado à seleção portuguesa do que à do Brasil. Entretanto passaram-se seis, sete, oito, nove convocatór­ias onde ele foi préconvoca­do, mas nunca foi convocado. Agora chegoua seleção do Brasil, convocou o Galeno e ele vai. Está tudo dito. Foi isto que aconteceu.

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Treinador portista “ilibou” o luso-brasileiro pelo penálti falhado em Londres

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