Uma equipa com novo espírito
Mudança de técnico deu força à recuperação. Dirigentes admitem “respeito e receio” pelas águias
Terceiro classificado na Ligue 1 em 2022/23, o Marselha tem vivido uma época atribulada. Já vai no terceiro treinador (com mais um interino pelo meio) e ocupa apenas o sétimo posto no campeonato. Mas a chegada de Jean-Louis Gasset ao comando do clube deu uma nova chama. Em seis jogos são cinco vitórias – perdeu o último jogo, com o Villarreal, por 3-1, conseguindo a qualificação fruto do 4-0 na primeira mão. Na Ligue 1 subiu do nono para o sétimo lugar, mas é na pontuação que se nota a diferença: estava a oito pontos do último lugar de acesso à Champions e a seis de um bilhete para a Liga Conferência e reduziu as distâncias para três e um ponto, respetivamente.
Gasset tem implementado um 4x3x3 – mas já utilizou também o 3x5x2 –, apostando num ataque móvel e com rapidez, com Ismaila Sarr à direita, Aubameyang à esquerda e Iliman Ndiaye ao meio. Em seis jogos são 19 golos marcados, ou seja, 3,2 por partida, contra uma média de um sofrido.
Com 23 golos na época, Aubameyang é o melhor marcador da Liga Europa (9), prova na qual o Marselha, com os mesmos 24 tentos do Leverkusen, só é batido no capítulo ofensivo pelo Liverpool (28).
Apesar da subida de forma, o Marselha assume cautelas ante as águias. “Encontrar um clube tão prestigiado como o Benfica nesta fase é mais uma oportunidade para progredirmos”, realça Pablo Longoria, presidente do Marselha, enquanto Basile Boli, antigo central e atual embaixador do clube, atira: “Será um ‘remake’ do Benfica-Marselha de 1990. Temos de recear o Benfica, saiu da Liga dos Campeões. Eliminaram o Toulouse, têm grandes valores, não apenas Di María, são um todo. Fazem parte da elite do futebol mundial”.