OU DÁ CLÁSSICO OU DÁ SURPRESA
Final-four da Taça de Portugal, com Benfica, Póvoa, FC Porto e Imortal, decide-se em Viana
Águias e dragões, que não se encontram numa final da prova-rainha desde 2005/06, são favoritos, mas poveiros e algarvios são rivais perigosos o suficiente para impedir o jogo grande.
Apesar de serem os emblemas com mais Taças de Portugal conquistadas, Benfica (total de 23) e FC Porto (14) há muito não se cruzam numa final, uma sequência que pode terminar este domingo (17h00). No entanto, o regresso do clássico no Pavilhão José Natário, em Viana do Castelo, não está totalmente garantido, já que, para se reverem pela primeira vez desde 2005/06, águias e dragões têm de passar primeiro por Póvoa e Imortal, respetivamente, nas meias-finais de hoje (15h00 e 18h00). Tanto os poveiros como os algarvios estão habituados a causar surpresas e, no caso dos primeiros, estreantes absolutos no ponto alto, é ainda preciso contar com uma enorme falange de apoio. A campanha para ter uma “Onda azul em Viana”, de autocarro e bilhetes a cinco euros, registou muita procura durante a semana.
“Estaremos em maioria, tenho a certeza absoluta que a Póvoa de Varzim vai marcar presença e fazer desta Taça umafest abas que tebolística ”, antecipa o técnico José Ricardo, também experimentado em contrariar favoritismos – em 2014/15, conduziu o Barcelos à final da prova-rainha. Desta vez, pede aos seus pupilos para “respeitarem o adversário sem o temer”, admitindo o bom momento da equipa, sobretudo após a vitória em Alvalade ao som da buzina, pela mão de Clyde Trapp.
Detentor do troféu eà procurado segundo título da época, para juntarà Supertaça, o Benfica mostra-se avisado. “É das equipas que melhor corre no campeonato, é muito agressiva, cole tivamen te sabe o que está a fazer e tem jogadores de muita qualidade. Vai ser um jogo equilibrado”, perspetiva o treinador Norberto Alves.
Fora da final-four de 2022/23, o FC Porto regressa este ano às decisões, depois de afastar o Sporting, o grande ausente. Chegados da Turquia, os azuis e brancos têm a chance de superar depressa a dura eliminação europeia. “Temos de dar a volta por cima, juntar as tropas e ir à luta”, pede o base Miguel Maria, de olho naquela que pode ser a primeira taça da era Fernando Sá. Duas vezes finalista em três temporadas – há um ano vendeu cara a derrota ao Benfica (74-75) –, o Imortal sonha que à terceira seja de vez. “Reconhecendo muitas capacidades ao FC Porto, também temos de aproveitar este momento e estes jogos de mata-mata”, estabelece o técnico Bernardo Pires.
“O Póvoa tem jogadores de muita qualidade. Vai ser um jogo equilibrado”
Norberto Alves Treinador do Benfica
“Temos de dar a volta por cima, juntar as tropas e ir à luta”
Miguel Maria Jogador do FC Porto