CLAQUES EM PROTESTO POR ROUBO DE TARJAS
Adereços dos Super Dragões e do Coletivo 95 foram retirados do museu no dia seguinte ao jogo com o Benfica e exibidos ontem por adeptos do Hadjuk Split
Ânimos exaltados antes do jogo com o Vizela levaram ao reforço policial junto ao museu. Grupos organizados repudiaram atitude do clube, que fez queixa do ato de 4 de março e colocou-se ao lado dos adeptos.
As claques do FC Porto apresentaram-se no jogo de ontem sob protesto, na sequência do roubo de duas tarjas que se encontravam expostas no museu dos dragões e que foram exibidas e queimadas durante a tarde, na Croácia, por “ultras” do Hadjuk Split, cuja fação mais radical tem ligações próximas com os “No Name Boys”, grupo organizado de adeptos do Benfica. O crime, ocorrido a 4 de março, deixou em fúria elementos ligados aos Super Dragões e ao Coletivo 95, que tentaram pedir explicações pelo sucedido naquele espaço dos azuis e brancos, obrigando ao reforço policial da zona antes da receção ao Vizela para serenar os ânimos. “Apenas podemos classificar [o desaparecimento das tarjas] como vergonhoso”, referia um comunicado divulgado e assinado pela direção das duas claques, para quem o ato “é demonstrativo do caráter” de quem o praticou. “Sem nome e sem honra”, acrescentam, antes de uma “nota de repúdio pela atuação do clube neste processo, em especial da diretora do Museu [Mafalda Magalhães] e da segurança” do clube.
Clube apresentou queixa e espera por punições Além de terem optado pelo silêncio durante grande parte do encontro com o Vizela, alguns elementos dos Super Dragões e do Coletivo 95 chegaram mesmo a abandonar o estádio em protesto pelo sucedido. Os dois grupos acabaram por receber a solidariedade do FC Porto, que confirmou alguns dos pormenores que O JOGO entretanto havia adiantado na versão digital. “O clube apresentou uma participação às autoridades e os suspeitos foram identificados através das imagens de videovigilância”, esclareceram os dragões, à espera que “a investigação produza resultados” e “na expectativa de que os responsáveis por este crime venham a ser punidos pela justiça”.
Suspeitos entraram como visitantes normais
Como O JOGO adiantou, existem cinco suspeitos da prática do roubo, que se realizou durante a tarde do dia seguinte ao triunfo (5-0) do FC Porto no clássico com o Benfica. Os presumíveis assaltantes entraram no Museu do FC Porto como visitantes normais, tiraram fotografias no interior, adquiriram o respetivo bilhete e aproveitaram a oportunidade para roubar as tarjas, que se encontravam no auditório do espaço.
De seguida, quatro deles abandonaram o espaço atravésdo arrombamento de uma porta de emergência, seguindo caminhos diferentes: dois entraram num veículo e outros dois seguirem na direção da Alameda das Antas. O quinto indivíduo ainda percorreu as instalações portistas (museu e estádio) durante mais algum tempo antes de as abandonar.