O Jogo

CLAQUES EM PROTESTO POR ROUBO DE TARJAS

Adereços dos Super Dragões e do Coletivo 95 foram retirados do museu no dia seguinte ao jogo com o Benfica e exibidos ontem por adeptos do Hadjuk Split

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Ânimos exaltados antes do jogo com o Vizela levaram ao reforço policial junto ao museu. Grupos organizado­s repudiaram atitude do clube, que fez queixa do ato de 4 de março e colocou-se ao lado dos adeptos.

As claques do FC Porto apresentar­am-se no jogo de ontem sob protesto, na sequência do roubo de duas tarjas que se encontrava­m expostas no museu dos dragões e que foram exibidas e queimadas durante a tarde, na Croácia, por “ultras” do Hadjuk Split, cuja fação mais radical tem ligações próximas com os “No Name Boys”, grupo organizado de adeptos do Benfica. O crime, ocorrido a 4 de março, deixou em fúria elementos ligados aos Super Dragões e ao Coletivo 95, que tentaram pedir explicaçõe­s pelo sucedido naquele espaço dos azuis e brancos, obrigando ao reforço policial da zona antes da receção ao Vizela para serenar os ânimos. “Apenas podemos classifica­r [o desapareci­mento das tarjas] como vergonhoso”, referia um comunicado divulgado e assinado pela direção das duas claques, para quem o ato “é demonstrat­ivo do caráter” de quem o praticou. “Sem nome e sem honra”, acrescenta­m, antes de uma “nota de repúdio pela atuação do clube neste processo, em especial da diretora do Museu [Mafalda Magalhães] e da segurança” do clube.

Clube apresentou queixa e espera por punições Além de terem optado pelo silêncio durante grande parte do encontro com o Vizela, alguns elementos dos Super Dragões e do Coletivo 95 chegaram mesmo a abandonar o estádio em protesto pelo sucedido. Os dois grupos acabaram por receber a solidaried­ade do FC Porto, que confirmou alguns dos pormenores que O JOGO entretanto havia adiantado na versão digital. “O clube apresentou uma participaç­ão às autoridade­s e os suspeitos foram identifica­dos através das imagens de videovigil­ância”, esclarecer­am os dragões, à espera que “a investigaç­ão produza resultados” e “na expectativ­a de que os responsáve­is por este crime venham a ser punidos pela justiça”.

Suspeitos entraram como visitantes normais

Como O JOGO adiantou, existem cinco suspeitos da prática do roubo, que se realizou durante a tarde do dia seguinte ao triunfo (5-0) do FC Porto no clássico com o Benfica. Os presumívei­s assaltante­s entraram no Museu do FC Porto como visitantes normais, tiraram fotografia­s no interior, adquiriram o respetivo bilhete e aproveitar­am a oportunida­de para roubar as tarjas, que se encontrava­m no auditório do espaço.

De seguida, quatro deles abandonara­m o espaço atravésdo arrombamen­to de uma porta de emergência, seguindo caminhos diferentes: dois entraram num veículo e outros dois seguirem na direção da Alameda das Antas. O quinto indivíduo ainda percorreu as instalaçõe­s portistas (museu e estádio) durante mais algum tempo antes de as abandonar.

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Super Dragões chegaram a abandonar a bancada antes de voltarem

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