O Jogo

O que sabemos sobre o futuro

- Miguel Pedro

Anotícia foi dada com a certeza de quem sabe adivinhar o futuro: Artur Jorge deverá sair no final da presente temporada, ingressand­o no seu lugar Daniel Sousa, atual treinador do Arouca. Saiu em jornais e foi noticiado em rádios. Mas não deixa de ser especulati­vo, digo eu. Para já, nada se sabe sobre os factos que são, de forma premonitór­ia, antecipado­s na notícia. Mas há coisas que sabemos: que Daniel Sousa, apesar da sua curta experiênci­a, tem dado bons sinais de ser um treinador competente e com muito futuro, principalm­ente pelo que tem feito no Arouca. Que o Braga é uma verdadeira “fábrica de treinadore­s de sucesso comprovado” e, por isso, Daniel Sousa também ansiará em mudar-se para Braga, que pode ser a alavanca para uma carreira de sucesso. Que o Artur Jorge renovou recentemen­te e tem contrato até 2025 e, por isso, é prematuro falarmos de um novo treinador. Que o Artur Jorge já venceu um título esta época e se, como todos esperamos, conseguir, pelo menos, o 4.º lugar no campeonato, cumpre os objetivos a que se propôs no início da época. Que o Spartak, que foi noticiado como sendo o clube de destino de Artur Jorge, fica na Rússia, um país em guerra e com um regime que é um simulacro de

uma democracia. Que ninguém falou sobre este assunto com António Salvador. Que, por tudo isto, o melhor é não pensarmos mais nesta notícia e dedicarmos o nosso foco, totalmente, ao que resta desta temporada, que se afigura ainda muito difícil e com muito para ganhar e/ou perder…

E o jogo de ontem foi paradigmát­ico do que será o nosso percurso até final: cada jogo, uma batalha pelos pontos. Devo dizer que não compreendi muito bem a abordagem de Artur Jorge, na forma como montou a equipa: com apenas dois médios de raiz (Moutinho e Zalazar), a equipa perdeu a batalha pelo meiocampo, desde o primeiro minuto. E foi pela total entrega e pela muita qualidade do plantel que conseguiu, neste jogo, vencer a sempre competente equipa do Gil Vicente. Mas, ainda assim, sofreu muito. O Gil teve muitas oportunida­des, chegou com alguma facilidade ao reduto defensivo dos arsenalist­as e parece que, em duas ocasiões, com Matheus fora da baliza, foi a intervençã­o da Nossa Senhora do Sameiro que fez levantar a bola por cima do poste da baliza bracarense. Foram três pontos conseguido­s, ainda assim, com justiça e muito suor.

Não compreendi muito bem a abordagem de Artur Jorge, na forma como montou a equipa

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