O Jogo

Ficou um sabor agridoce

O Farense começou autoritári­o e a jogar simples na procura das transições rápidas, justifican­do a vantagem ao intervalo. Rio Ave ganhou fulgor e fez por merecer o empate

- CRISTINA AGUIAR

Algarvios mantêm um longo jejum de oito jogos sem vitórias, somando o terceiro empate, que para o Rio Ave representa o 13.º numa época em que vencer fora de portas não se tem afigurado fácil.

Empate com sabor agridoce, quer para os lados do Rio Ave, que ainda não venceu fora de casa, quer para o Farense, que segue num jejum de oito jogos sem vencer. Para quem começou de forma autoritári­a, e falamos da equipa de José Mota, então um ponto é mesmo sensaborão. Luís Freire até pode achar que este resultado é melhor do que nada, mas já são 13 os empates, e não afasta a ameaça dos lugares de descida.

O jogo começou embalado por um Farense afoito nas transições, puxado pelo extremo Marco Matias. Ainda assim, faltava discernime­nto na decisão do remate para pôr a defesa do Rio Ave em sentido. Os sinais eram mais claros por parte dos algarvios, a jogar simples e direto, agilizando os processos ofensivos. O Rio Ave dominou na posse, mas apresentav­a problemas em progredir para o meio-campo ofensivo, com os médios sem capacidade para colocar a bola no último terço.

A tendência deixava adivinhar o golo farense, que quase aconteceu num livre cobrado por Gonçalo Silva muito antes do meio-campo. Seria um golaço se o guarda-redes Jhonatan

não tivesse feito uma defesa de alto nível. A festa aconteceun­asequência­deummau passe de Adrien Silva que Fran Delgado recebeu de bom grado, lançando Zé Luís em profundida­de. Jhonatan travoulhe o remate, mas Fabrício Isidoro não falhou a recarga.

O intervalo iluminou o Rio Ave e as coisas complicara­mse para José Mota. Boateng e Fábio Ronaldo, saídos do banco de suplentes, trouxeram agressivid­ade e intenção. Em cinco minutos, Boateng cabeceou para o 1-1, agradecend­o o cruzamento de Josué Sá, da direita. O Farense viu-se obrigado a reagir e perdeu serenidade, porque o Rio Ave era agora o senhor do relvado e até teve a oportunida­de para virar o resultado, só que Boateng não conseguiu desviar o cruzamento de Aziz.

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Amine, do Rio Ave, tenta o passe sob o olhar atento de Marco Matias
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Luís Freire Treinador do Rio Ave

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