“Ninguém joga para empatar”
2.ª JORNADA 30-33
1.ª JORNADA 32-29 33-24
2.ª JORNADA
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CARLOS FLÓRIDO
A Seleção Nacional de andebol defronta hoje (20h00, RTP2) a Hungria, que contará com cinco mil adeptos da Arena de Tatabánya, sabendo-se que o vencedor ficará apurado para os Jogos Olímpicos – o empate basta a Portugal –, que em Paris terão 12 equipas a jogar entre 25 de julho e 11 de agosto. Será mais uma finalíssima para os Heróis do Mar, habituados a elas nos últimos quatro anos, os de uma subida de qualidade que ontem ficou bem patente na obrigatória vitória frente à Tunísia: o 3729 representa a maior diferença de sempre no historial de oito confrontos com a atual terceira equipa africana, Portugal esteve a ganhar por 12 e Paulo Jorge Pereira geriu a equipa, dando descanso aos irmãos Costa.
Um bom início de jogo, que levou aos 4-0, foi importante mas não decisivo, pois a equipa nacional entrou logo a seguir no seu pior período, e nem as primeiras trocas do selecionador impediram a reviravolta para 5-6. Foi então que Luís Frade começou a “abrir o livro” e uma versão muito sólida da defesa portuguesa – 6:0 com Martins, Frade, Cavalcanti, Salvador, Nazaré e Areia, mais Capdeville a brilhar na baliza (13 defesas e 46% de eficácia) – decidiu o jogo, pois não só congelou o ataque tunisino durante mais de dez minutos como gerou quatro contra-ataques quase seguidos. O resultado disparou para 14-7 e os pontos ficaram entregues.
No segundo tempo, e com Miguel Martins a orientar o ataque, desenhando algumas jogadas belíssimas, as trocas dos pontas não impediram a mesma dose, com bolas ganhas
“Ganhando por oito golos, devemos sublinhar o total. Conseguimos gerir o esforço dos jogadores, poupando alguns para a Hungria, pois consideramos este jogo como sendo dois: começou sábado e só acaba domingo”, disse Paulo Jorge Pereira após o triunfo sobre a Tunísia, desvalorizando a vantagem sobre a equipa da casa: “Não muda nada, ninguém joga para empatar. Sabíamos que no final teríamos de ganhar à Hungria. Só com os astros todos alinhados chegaríamos ao fim sem ter de ganhar”. O rival de hoje, alertou, “tem melhorado muito, não é por acaso que foi quinto no Europeu”, possuindo “um estilo diversificado e jogadores muito corpulentos”.