O Jogo

Rúben Amorim “Tivemos sorte nas aquisições”

Perguntas sobre o sueco dominaram e os elogios foram imensos. Sobre Hjulmand ficou o comentário: “melhor do que pensávamos”

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Técnico dos leoninos foi desafiado a opinar se tinha ao dispor o Sporting mais forte do seu reinado. Considerou ser a equipa mais completa mas alertou para nuances relativame­nte aos campeões de 20/21.

PEDRO CADIMA

Amorim gostou do que viu e não conseguiu fintar um punhado de questões sobre o fenómeno sueco.

Aquele golo de Gyokeres em cima do intervalo foi decisivo para a goleada?

—Foi o momento determinan­te. Ajudou-nos a ir para o intervalo de outra forma. Mas quero valorizar a reação dos adeptos, empurraram-nos e mesmo com a equipa a falhar um passe não se ouvia contestaçã­o. Os dois primeiros golos foram dos adeptos. Tivemos sempre o controlo, mantivemos a forma de jogar com boa dinâmica. Não foram criadas muitas chances mas com o primeiro golo as coisas acontecera­m e tivemos situações para fazer mais.

Incomodou-o o descuido da equipa no golo sofrido e sente que o Israel ainda não dá todas as garantias?

—Foi uma jogada que parecia controlada. Dá-se a defesa do Franco, sobrou para o Makouta e a bola entrou no sítio certo. Não vi qualquer problema do Franco, defendeu o centro, não o remate. Não o podemos estar sempre a avaliar.

Mais uma exibição avassalado­ra do Gyokeres, o que falta ver?

—Acho que o Gyokeres melhorou neste jogo em certos aspetos. Escolheu melhor as hipóteses de avançar. Depois é um jogador com uma capacidade física muito boa, ajudanos a meter jogadores entre linhas, abre os blocos com as suas carateríst­icas muito especiais. Joga da mesma maneira contra um central mais lento e outro mais rápido. Pode melhorar esse entendimen­to do jogo e a reação defensiva dos cinco metros. É muito novo, ainda pode melhorar a primeira ligação mas é alguém que estica sempre a equipa, deixa-nos descansar e os adversário­s substituem centrais por amarelos ou cansaço. Isso

ajuda muito, tem feito muitos golos mas há a capacidade dos companheir­os o isolarem.

Alguma indicação a Portugal de como o travar?

—É colocar o Inácio a marcar o Viktor e não vai haver qualquer problema. Já se conhecem de muitos treinos.

É ele o responsáve­l desta máquina ofensiva?

—Deu-nos uma capacidade de rutura a toda a hora, uma capacidade física diferente. Faz-nos, por vezes, jogar sem laterais, só com extremos, temos centrais que constroem cada vez melhor e médios com maior mobilidade. Há pormenores que fazem a diferença, o conhecimen­to entre os jogadores que é mais decisivo.

E o que dizer do Paulinho, que já vai com 16 golos?

—Nunca olhei para ele só por golos que marcava ou não. Umas vezes aparecem, outras não. Tem vindo a jogar mais tempo, tem feito golos mas dá-nos capacidade de jogarmos entrelinha­s. É inteligent­e e com ele a equipa ganha mais peso nas bolas paradas.

Considera este o Sporting mais difícil de bater e a melhor equipa da Liga?

—Não sei dizer. Vi o jogo do FC Porto com o Arsenal. Mais di

fícil de bater não se pode considerar. Na primeira época só tivemos uma derrota e quando já éramos campeões. Mas era uma forma de jogar que não era sustentáve­l com equipa grande. Agora temos uma equipa mais completa mas a diferença é mais curta para o segundo classifica­do. Temos arranjado soluções e tivemos sorte nas aquisições. O Hjulmand é melhor do que pensávamos. Temos uma equipa mais forte mas temos problemas a nível defensivo, não concedemos muito mas é comum sofrermos.

“Trincão sente dores num pé passando o efeito da medicação. Será avaliado na Seleção”

Seria preocupant­e uma lesão de Gyokeres?

“Há pormenores, o Viktor faz-nos jogar mais com extremos do que laterais, centrais constroem mais e médios móveis”

—Não vamos saber, se Deus quiser. Seria difícil substituíl­o como também é difícil render o Pote e outros. Era um problema mas ele é o único que fica mais um bocadinho, não tem de recuperar em todos os lances, comanda mais o esforço dele, um médio já não pára. Assim escolhe momentos de fadiga alta. Acredito que o vamos ter até ao final.

“É jogar o Inácio contra o Viktor e Portugal não vai ter problemas. Já se conhecem de muitos treinos”

O Trincão preocupa?

—Tem um problema num pé e passando o efeito da medicação, volta a ter dores sempre que toca na bola. Vai para a Seleção e será avaliado.

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Amorim revelou que Trincão vai ser reavaliado na Seleção a um problema num pé

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