O Jogo

ARTHUR CABRAL VIU O CAMINHO PARA A VITÓRIA

DETERMINAN­TE Brasileiro saltou do banco e marcou um belo golo, dando expressão à boa segunda parte do Benfica, depois da excelente imagem deixada pelo Casa Pia

- Textos MANUEL CASACA

No dia em que Roger Schmidt completou o 100.º jogo no banco do Benfica, os encarnados entraram em força no segundo tempo, marcaram e depois já não deixaram o Casa Pia ter bola.

●●●Umagrandes­egundapart­e do Benfica permitiu a conquista de três pontos, num jogo em que o Casa Pia deixou uma excelente imagem no primeiro tempo e até podia ter inaugurado o marcador em duas ocasiões. A dada altura, pairou até no ar a possibilid­ade de um novo empate, a exemplo do que aconteceu na primeira volta, no Estádio da Luz. Ontem o jogo foi em Rio Maior, mas parecia que o campeão nacional estava a jogar em casa.

Nodiaemque­RogerSchmi­dt somou o 100.º jogo no banco do Benfica, o treinador alemão manteve praticamen­te a mesma equipa que ganhou em Glasgow e que garantiu o apuramento para os quarto de final da Liga Europa, trocando apenas David Neres por João Mário. Em campo estava um Benfica moralizado, mas estaria cansado? A resposta foi dada no segundo tempo, mas a isso já lá vamos, porque antes de Arthur Cabral entrar para resolver, o Casa Pia mostrou enorme qualidade, sobretudo no primeiro tempo.

Vale a pena abrir aqui um parágrafo para falar dos casapianos. Sem sofrerem golos em três dos quatro jogos desde que Gonçalo Santos substituiu Pedro Moreira no banco, os gansos voltaram a mostrar uma enorme solidez defensiva, assente em três centrais, consistênc­ia no meio-campo e um ataque perigoso. As transições para o ataque surtiram efeito e, em duas ocasiões, podiam ter inaugurado o marcador, numa delas com Gaizka Larrazábal a desperdiça­r uma grande oportunida­de de marcar, tal como tinha feito na Luz, no jogo da primeira volta.

Mesmo tendo mais cantos (7-1), mais remates (6-4) e mais posse de bola (60-40) na primeira parte, o Benfica sentia problemas para bater Ricardo Batista, até porque insistia muito no jogo pelo meio. Quando apostava em bolas nas costas dos dois laterais do Casa Pia, os encarnados criavam perigo, mas a verdade é que o nulo manteve-se na primeira parte.

Após o intervalo, o Benfica entrou muito forte, com claro domínio de jogo, mais velocidade, mais cruzamento­s e mais remates. O golo não aparecia, mas a atitude era completame­nte diferente, com os jogadores cientes que não podiam desperdiça­r pontos.

Roger Schmidt não esperou muito e apostou nas entradas de David Neres e Arthur Cabral. O avançado brasileiro descobriu o caminho para a vitória num lance em que, ironicamen­te, surgiu com a mesma arma que o Casa Pia tantas vezes utilizou, a transição ofensiva. O resultado foi um grande golo.

Aganhar,oBenficape­rcebeu que não podia dividir o jogo e deixar que o Casa Pia tivesse bola. E o que se viu praticamen­te até ao fim foi uma equipa encarnada com uma boa posse de bola, a jogar pelo seguro e a impedir que o adversário criasse perigo. Gonçalo Santos ainda mexeu na estrutura da equipa casapiana, enquanto Roger Schmidt refrescou a ala direita com a troca de Bah, desgastado, por Tomás Araújo, mas o resultado não se alterou e o Benfica agarrou os três pontos que lhe permitem continuar na perseguiçã­o ao Sporting.

 ?? ?? David Neres entrou e participou na jogada do golo
David Neres entrou e participou na jogada do golo
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal