O Jogo

“Já todos vimos que Mora é craque”

Vitinha não poupa elogios ao criativo da formação do FC Porto e fala sobre Nico González

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O Vitinha e o Diogo Costa

●●● são presenças regulares na Seleção, o João Mário estreou-se recentemen­te... O que é que isso diz sobre a formação do FC Porto?

—Diz que há muita qualidade e um trabalho muito bem feito nos anos que antecedem a equipa principal. Dessa fornada podemos falar de mim, do Diogo Costa e do João Mário, mas também do Fábio Vieira e do Francisco [Conceição]. E temos alguns que vêm aí. Gosto de estar atento à formação do FC Porto. Há muito talento e trabalho muito bem feito. Espero que assim continue e, se possível, que melhore, para que todos os que trabalham no FC Porto e os jogadores da formação tenham condições para chegarem onde nós chegámos.

Mais difícil é, depois, ter consistênc­ia. É o mais difícil de encontrar no futebol. Andamos sempre em altos e baixos e quem consegue encontrar o máximo de estabilida­de em todas as vertentes é quem chega mais longe.

O FC Porto está na final four da Youth League, prova que o Vitinha venceu. Quem destaca nesta geração de sub-19?

—Vou ouvindo umas coisas, vejo o resumo dos jogos e os resultados. Não quero ser injusto com ninguém e não quero estar a criar expectativ­as demasiado altas, mas posso dizer um nome de que se ouve falar muito: o Rodrigo Mora. Não só no futebol, porque aí já vimos que é craque e tem muito talento, mas também já vi o que acaba por não chegar a muita gente. O que ouço sobre ele fora do campo é que é um miúdo cinco estrelas, uma joia de pessoa. Trabalha muito e espero que não perca isso. Vem de famílias commuitobo­nsprincípi­os,por isso espero que mantenha o foco, porque talento já tem. Se estivesse mais atento podia falar sobre mais jogadores. Mas não quer dizer nada, porque no meu tempo também ninguém ouvia falar de mim [risos]! Falava-se mais de outros e acabei por chegar um pouco mais longe do que alguns deles.

O Nico González demorou a afirmar-se, mas agora surge como indiscutív­el na equipa principal. Acha-o parecido consigo?

—Aqui já posso falar com mais substância, porque raramente falho um jogo. No início, o Nico teve mais dificuldad­es para demonstrar que podia jogar. Pelo que conheço do Sérgio Conceição e da equipa, faltavalhe mostrar um pouco mais do que talento. Aquele “plus” que o míster consegue dar aos jogadores, defensivam­ente e no compromiss­o. E a verdade é que ele também fez esse esforço. Isso torna-o melhor jogador. Eu e ele não somos muito parecidos na altura [risos]. Fisicament­e somos diferentes, masdestaco­ainteligên­ciadele. Acho-o um jogador muito bom equepodeda­rmuitoaoFC­Porto. Tenho gostado de ver.

Fica com pena por ter visto Galeno, seu ex-colega, “escapar” para o Brasil?

“Nico? Faltava-lhe mostrar um pouco mais do que talento, aquele ‘plus’ que o míster dá”

—Ponho-me no lugar dele e imagino que deve ser uma situação bem complicada. É com bons olhos que estou a vê-lo este ano. Desejo-lhe o máximo de sorte para o resto da época, na seleção e no clube, porque está bem.

Vitinha Médio do PSG e de Portugal

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