O Jogo

Preço dos terrenos dividiu o executivo

Hasta pública da área desejada pelo FC Porto aprovada e avança para Assembleia Municipal

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●●● A venda, em hasta pública, dos terrenos pretendido­s pelo FC Porto para construir a academia para a formação foi aprovada, ontem, em reunião do executivo maiato, com votos contra dos vereadores do Partido Socialista. O preço (23,89 euros) por metro quadrado da área total (140.625 m²) destinada para o efeito, situada nas freguesias de Nogueira e Silva Escura, esteve na base desta divisão, uma vez que António Ramalho e Francisco Vieira de Carvalho, do PS, consideram que “fica aquém do valor real da área”. “É um fato à medida, porque existe apenas uma pessoa que quer. A Maia não pode estar em saldo, nem passar a ideia de estar em saldo ou ser quase dado”, atirou o segundo, merecendo uma resposta enérgica por parte do presidente da autarquia, António Silva Tiago.

“É mentira que seja quase dado. É bem pago. O valor foi calculado por uma comissão de avaliação independen­te. É à prova de bala”, defendeu, secundado pelo vereador Mário Neves, também da coligação PSD/CDS. “O que emperra este processo é o processo eleitoral do FC Porto. A nós tanto nos dá que seja o presidente A ou B, o que nos interessa é a instituiçã­o. Quando for a hasta pública, nem sabemos se é o FC Porto ou um parceiro a adquirir. Terá de cumprir o que está aprovado”, referiu, garantindo ainda que “não há nenhum acordo, nem há nada assinado”.

A proposta terá agora de ser ratificada em Assembleia Municipal, que se realizará apenas na próxima segunda-feira. O período de licitação arrancará depois da decisão ser publicada em Diário da República e, a partir dessa data, levará 20 dias seguidos até terminar, pelo que o desfecho só deverá ser conhecido na semana anterior às eleições portistas (27 de abril). O preço base é de 3,36 M€.

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Autarquia aprovou a ida a hasta pública dos terrenos

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