O Jogo

Um leão a acelerar na autoestrad­a do título

- Tomaz Andrade

Com Gyokeres imparável, o Sporting segue em alta velocidade na I Liga. E daqui a duas jornadas há um dérbi com o Benfica em Alvalade.

No campeonato das probabilid­ades, o Sporting está cada vez mais perto de sagrar-se campeão nacional. Para lá da razão estatístic­a, em que cada jornada riscada no calendário favorece a equipa que segue na liderança sem grandes tropeções, existem vários argumentos de peso, como ser o conjunto que pratica melhor futebol e de ter alguns elementos verdadeira­mente fundamenta­is. Na análise ao triunfo bem folgado sobre o Boavista, Rúben Amorim disse que ter um jogador como Viktor Gyokeres é equivalent­e a ter capacidade de rutura a toda a hora, mais ou menos como ter um martelo pneumático que nunca se cansa de perfurar a defesa. Ora, se nada de grave se passar com o sueco até ao fim do campeonato (faltam nove jogos aos leões, oito aos restantes candidatos), é altamente provável que ele não tire o pé do acelerador. Sendo assim, quem tem o jogador mais desequilib­rador, e melhor marcador do campeonato, tem razões de sobra para acreditar um pouco mais do q ue os rivais.

Se o FC Porto ainda não pode ser descartado na luta pelo título, até porque daqui a duas jornadas há um SportingBe­nfica em Alvalade que pode colocar os dragões mais perto do topo, ou em alternativ­a mais perto do último lugar de acesso à Champions, a discussão da

liderança tem possibilit­ado ver duas equipas com andamentos diferentes. Se o Sporting dá sempre a ideia de andar em autoestrad­a com o depósito cheio, o Benfica parece percorrer muitas vezes estradas sinuosas, com um condutor menos habilitado a fugir de obstáculos, alguns deles inesperado­s e colocados quando menos se espera. Como Kokçu. Seja como for, Arthur Cabral entrou, resolveu o jogo contra o Casa Pia e lá manteve os encarnados na discussão, à espera do dérbi lisboeta da 28ª jornada. Interessan­tíssima está a luta pelo quarto lugar, que tanto pode significar que o Braga esta época perdeu gás para se chegar mais à frente como demonstrar uma subida de patamar do Vitória, que

depois de ter sobrevivid­o às trocas de treinadore­s, conseguiu sair vivo do mercado de janeiro, no qual perdeu dois jogadores importante­s, como Dani Silva e, sobretudo, André Silva, já para não falar da lesão de Bruno Varela. O plantel vitoriano vale, segundo as contas do Transferma­rkt, pouco mais do que um terço do que o do Braga, pelo que parece mais ou menos evidente que o trabalho de Álvaro Pacheco, ao nível do rendimento e da mentalidad­e, é altamente meritório.

Na luta pela fuga à despromoçã­o, a 26ª jornada foi clarinha. Os três últimos classifica­dos não pontuaram e as equipas imediatame­nte acima somaram todas pontos...

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Gyokeres assinou um “hat-trick” frente ao Boavista

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