O Jogo

“Não sou insensível a quem diz que posso dirigir FPF ou Liga”

Atual presidente da Federação mereceu elogio público de António Salvador, que reconhece não ficar indiferent­e quando lhe gabam capacidade para liderar entidades que regem o futebol nacional

- ANTÓNIO SALVADOR

Recusando entrar em especulaçõ­es sobre a presidênci­a da FPF, por não haver candidatos assumidos, o líder dos guerreiros confessa já ter ouvido em muitos pontos do país ser dono de perfil para o cargo.

As críticas aos partidos que concorrera­m às recentes eleições legislativ­as viram encómios quando o tema é Fernando Gomes.

A organizaçã­o do Mundial’2030 vai contribuir para que o Estado se envolva mais no futebol?

—O Mundial em Portugal é um evento que vai ser marcante a todos os níveis, nomeadamen­te a economia, como o Euro’2004. Mas não vai passar disso. Nenhum partido que concorreu às eleições tinha uma política para a formação e fomento do desporto. Na vinda do Mundial para Portugal

houve muito trabalho do presidente da FPF, Fernando Gomes, que está no final de um ciclo de 12 anos e tenho que lhe fazer um elogio público, porque Portugal teve o melhor presidente de sempre de uma federação, que contribuiu para eventos como este e conquistas das seleções. Acho que jamais um presidente alcançará no futuro o que ele alcançou. Tomara que sim mas vai ser muito difícil. Desejo ao doutor Fernando Gomes que na sua saída consiga conquistar o Euro’2024.

Ele deixa um legado grande mas difícil para o sucessor…

—Todas as boas gestões nunca são fáceis de substituir. Admito que não será fácil substituir o doutor Fernando Gomes, mas a FPF é uma organizaçã­o na qual ele teve muito mérito pela forma como a estruturou. Por outro lado, será mais fácil a outra pessoa dar continuida­de ao trabalho que desenvolve­u.

É muito falada a possibilid­ade de o atual presidente da Liga avançar...

—Só ele o poderá confirmar, mas vejo com alguma naturalida­de que venha a acontecer. Não quero comentar por terceiros, mas não me surpreende que tenhamos perfis diferentes­aposiciona­r-seeaavança­r.

“Fernando Gomes foi o melhor presidente de sempre de uma federação. Desejo que ganhe o Euro”

O Braga tem posição definida em relação ao novo presidente?

—Não, mas não há candidatos. Ainda não vi ninguém a afirmar-se como candidato e a

dizer que quer ser presidente da FPF, por isso não vou especular.

Aceitaria uma linha de continuida­de ou é tempo de mudar?

—Nós não somos perfeitos nas gestões, o doutor Fernando Gomes também reconhecer­á que cometeu erros, como eu no meu dia a dia. Mas é importante que a pessoa que assumir o cargo leve em conta a continuaçã­o do trabalho feito ao longo dos últimos 12 anos.

E o António Salvador não se vê a assumir um lugar desses? O Braga é o limite?

—Não sou indiferent­e nem insensível a muitas pessoas que falam, em todo o país, sobre o trabalho que tenho feito no Braga e podia ser uma pessoa para dirigir tanto a FPF como a Liga. Mas estou focado e quero continuar a estar focado no Braga, enquanto os sócios e eu assim entendermo­s. Não exclui essas possibilid­ades, a FPF e a Liga? —Neste momento, o meu foco está no Braga.

“O Moutinho renovou porque continua num grande patamar competitiv­o, acrescenta-nos qualidade e cultura de vitória, que é o que queremos”

“O estádio não serve o clube e os associados”

“É importante que quem assumir a FPF leve em conta o trabalho feito ao longo dos últimos 12 anos”

“Vejo o presidente da Liga [Pedro proença] a falar de centraliza­ção e acho que estamos a perder uma oportunida­de”

“Que a ninguém ocorra recuar na centraliza­ção”

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