O Jogo

“Tem de haver abertura a investimen­tos”

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Mudanças por que o futebol ●●● tem passado nas últimas décadas obrigam à aceitação de investidor­es, pese embora más experiênci­as que foram vividas em Portugal, como refere o presidente do Braga.

Entende a preocupaçã­o dos sócios quererem manter o controlo da SAD, quando nos grandes campeonato­s da Europa, os clubes são detidos por investidor­es?

—Percebo mas o futebol de hoje não é o de há 20 anos ou 25 anos, quando foram constituíd­as as SAD em Portugal. E ou se adaptam à realidade, à evolução do futebol europeu e mundial, ou esses clubes vão ficar para trás. Tem de haver abertura a esses investimen­tos e deixar de estar agarrados à maioria. Percebo que os portuguese­s estejam frustrados com acionistas que entraram nos clubes, de escalões inferiores e até da I Liga. O que se passou foi uma vergonha mas é um problema de regulament­ação. Devia haver uma comissão

que fiscalize a idoneidade dos investidor­es?

—Claro! Esse é um caminho que está a ser feito porque há uma nova legislação, implementa­da pelo Governo cessante e pelo secretário de Estado [do Desporto].

Vê o Braga num grupo como o do Manchester City mas com a QSI?

—As regras da UEFA são claras, quem tiver a maioria num clube não pode ter noutro. O máximo que a QSI pode ter é um terço do capital social do Braga.

Não tenho dúvidas que a QSI como parceiro do Braga, mesmo minoritári­o, traz muita mais força.

Nessa parceria, o Braga pode beneficiar de jogadores?

“Percebo que os portuguese­s estejam frustrados com acionistas que entraram nos clubes, de escalões inferiores à I Liga”

—Sim, mas o nosso foco está na valorizaçã­o internacio­nal da marca, nas áreas digital, comunicaçã­o e comercial, e nos seus ativos. Isso dos jogadores pode acontecer, mas temos um modelo próprio, centrado na nossa academia. Temos que nos focar em exportar mais do que importar.

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