O Jogo

Sonho continua bem vivo

Benfica perdeu diante do Lyon, mas deixou tudo em aberto para a segunda mão. Encarnadas colocaram-se em vantagem e acabaram por consentir cambalhota na segunda parte

- SOFIA ESTEVES TEIXEIRA

Noite histórica no Estádio da Luz. Pela primeira vez nos quartos de final da Liga dos Campeões, o Benfica recebeu o Lyon, recordista em títulos, e, por isso, Filipa Patão pedia uma exibição perfeita. Mas só a teve nos primeiros 60 minutos. Ao contrário do expectável, as encarnadas, que não contaram com Jéssica Silva, baixa de última hora, tiveram uma entrada forte perante uma equipa que, sem as estrelas Danielle van de Donk e Ada Hegerberg, apostou num 4x3x3.

O primeiro aviso foi dado aos sete minutos, com Falcón a acertar no poste. Se até então o Lyon mal se tinha visto, o lance espevitou ainda mais as águias, que cresceram na esperança de escrever mais uma página de história. Mas, ao minuto 16, o azar bateu à porta da equipa da Luz, mais concretame­nte na de Nycole, que se lesionou num lance de pressão a Horan, dando lugar a Davidson. O Benfica sentiu a saída da brasileira, facto aproveitad­o pelo Lyon, que conseguiu criar lances de perigo, primeiro por Le Sommer e depois por Diani, valendo Pauels na baliza. Mas foi mesmo o Benfica a festejar: perto do intervalo, Andreia Faria aproveitou um erro tremendo de Gilles para recuperar a bola e, isolada perante Endler, fazer o 1-0.

A equipa francesa sentiu o golo, mas na segunda parte, perante as lisboetas já sem pernas, superioriz­ou-se e chegou ao empate por Cascarino. Dabritz, de cabeça, após um bom trabalho de Horan, fez o 1-2 e conseguiu uma vantagem curta para a segunda mão. Apesar

do desaire, e perante os indícios, o apuramento das águias não é uma quimera.

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Melchie Dumornay, do Lyon, em luta com a canadiana Marie Alidou

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