Rubiales com ordem de prisão
Ex-presidente da federação é suspeito numa investigação que resultou, para já, em cinco detenções
Investigação da Guardia Civil e da Europol revelou indícios de branqueamento de capitais e corrupção no organismo que rege o futebol espanhol. Empresa do ex-jogador Piqué também está envolvida.
BRUNO VENÂNCIO
O Ministério Público espanhol emitiu ontem uma ordem de detenção para Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), na sequência da investigação por branqueamento de capitais e corrupção no organismo que já originou cinco detenções após buscas por parte da Guardia Civil e da Europol. Por se encontrar na República Dominicana, país que não tem acordo de extradição com Espanha, Rubiales não foi ainda detido.
Em comunicado, a RFEF prometeu “total colaboração” com as autoridades que realizaram buscas na sua sede e em vários outros pontos do país, pedindo que se vá “até às últimas consequências” na investigação.
Em causa estão alegados crimes ligados à corrupção empresarial e branqueamento de capitais. A agência de notícias EFE dá conta das detenções dos diretores dos Serviços Jurídicos e de Recursos Humanos, Pedro González Segura e José Javier Giménez, na sequência de uma investigação
a alegados contratos irregulares feitos nos últimos cinco anos, e ainda de Tomás González Cueto, assessor jurídico de Luis Rubiales e redator do contrato (assinado pelo ex-presidente da RFEF) que originou a mudança da Supertaça espanhola
para a Arábia Saudita – intermediada pela empresa de Gerard Piqué, a Kosmos Global Holding, que expira em 2029 e significou um encaixe anual de 40 milhões de euros para a RFEF e de 24 milhões de euros para a Kosmos.