O Jogo

DIVERTEM-SE E PÕEM O POVO A SONHAR

No primeiro teste para preparar a fase final do Campeonato da Europa de 2024, a Seleção Nacional deu um autêntico banho de bola à Suécia

- Textos MANUEL CASACA

A jogada do segundo golo de Portugal é um verdadeiro hino ao futebol. Durante dois minutos, a bola passou por todos os jogadores portuguese­s, incluindo o guarda-redes Rui Patrício.

O primeiro teste de Portugal para preparar a fase final do Campeonato da Europa de 2024 saldou-se numa goleada e numa exibição de grande nível. Num estádio lotado e com um ambiente fantástico, os jogadores portuguese­s tiveram momentos depura magia, deixando bem claro que podem contar com eles e que vale a pena sonhar. Depois de um apuramento 100 por cento vitorioso, a Seleção treinada por Roberto Martínez deixou mais alguns bons indicadore­s. E quando se fala deu m Portugal no lote def avo ritosà vitória na Euro ’2024, fica a sensação que nãoé exagero. Não só pela qualidade do futebol que a equipa apresentou, como se viu ontem, em Guimarães, mas também pela quantidade e valia dos jogadores.

Ontem, a magia dos portuguese­s começou a estar em evidência bem cedo. Ainda o marcador não tinha sido inaugurado e Rafael Leão já tinha arrancadas que empolgavam a plateia e preocupava­m os suecos. Os jogadores divertiam-se em campo e o primeiro golo foi marcado pelo avançado do Milan, numa recarga depois de uma excelente jogada coletiva que terminou com uma belo entendimen­to entre Gonçalo Ramos, a referência ofensiva da equipa, e Bernardo Silva, que atirou ao poste.

O segundo golo é um verdadeiro hino ao futebol que merecer dar a volta ao mundo. A bola passou por todos os jogadores portuguese­s, incluindo o guarda-redes Rui Patrício, e terminou com Matheus Nunes a finalizar mais um excelente passe de Bernardo Silva. Durante estes dois minutos, a Suécia andou claramente a “cheirar a bola”.

Das bancadas vinham sinais de satisfação e o 2-0 até parecia curto para tanta produção, mas, em cima do intervalo, João Palhinha (que grande exibição) lançou Nélson Semedo em profundida­de, o lateral-direito foi à linha de fundo e cruzou para Bruno Fernandes, que fez o terceiro golo. Portugal justificav­a o resultado, frente a uma Suécia que mostrava fragilidad­es defensivas e um ataque que contava com Gyokeres como a grande ameaça à baliza defendida por Rui Patrício, de regresso à titularida­de, numa altura em que Diogo Costa recupera de uma lesão que sofreu no treino da véspera do jogo.

A ganhar e a encantar, Roberto Martínez fez três alterações ao intervalo. Além de António Silva, que rendeu Pepe, o selecionad­or de Portugal quis testar uma ala esquerda nova, com Toti Gomes como lateral-esquerdo e Bruma mais adiantado. De regresso à seleção, o extremo do Braga ampliou a vantagem.

A Suécia ainda reduziu pelo inevitável­Gyokeres,masnem isso fez calar as bancadas, que viram logo de seguida, Gonçalo Ramos ampliar a vantagem, depois de mais um excelente cruzamento de Nélson Semedo.

Imparáveis e com as bancadas a pedirem a entrada de Jota Silva, o “menino da casa”, o selecionad­or fez-lhes a vontade. Não por simpatia, mas porque queria ver o extremo em ação,colocando-osoltonoat­aque. E a estreia podia ter sido de sonho se tivesse marcado o 6-1, mas o guarda-redes sueco fez uma grande defesa. Quem fechou as contas foi a Suécia, através de um belo golo de Nilsson. Mas nada que manchasse a grande exibição de um candidato à vitória na fase final do Euro’2024.

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Kulusevski vê Bruno Fernandes esconder-lhe a bola
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