Martínez: “Não gostei de dar dois golos da forma que demos”
Selecionador Nacional gostou da exibição em Guimarães mas lamentou os golos sofridos pela equipa das Quinas e admitiu falta de concentração após os 60 minutos.
Técnico elogiou o regresso de Matheus Nunes e o estreante Jota Silva, sublinhando que o avançado português mereceu ser convocado: “É um exemplo para o futebol português, um jogador diferente”.
SOFIA ESTEVES TEIXEIRA
Roberto Martínez apreciou ●●● de forma global o desempenho da equipa nacional, embora, como o próprio sublinhou, ainda haja alguns aspetos a melhorar.
“São 90 minutos para analisar, apanhar muita informação. Gostei muito do espírito de equipa”
Portugal provou que quando tem bola é uma equipa muito forte...
—Acho que todas as equipas que querem ser boas com bola, precisam de ser muito boas sem bola. Há conceitos que temos de melhorar mas jogámos com uma equipa e atacantes de alto nível, fizemos um jogo muito focado, tivemos uma boa sincronização defensiva e marcar cinco golos a nível de seleções é muito bom. Mas para nós, são 90 minutos para analisar, apanhar muita informação. Gostei muito do espírito da equipa e a seguir é o jogo com a Eslovénia, que é o que precisamos.
“Golos sofridos? Faz parte de um jogo amigável mas não gostei de dar dois golos da forma que demos”
Os golos da Suécia surgiram quando Portugal já tinha feito quatro. Tira peso?
—Gostamos de manter a baliza inviolada e hoje [ontem] não conseguimos isso. Faz parte de um jogo amigável mas não gostei de dar dois golos da forma que demos. Disse que ia aproveitar este
jogo para fazer alguns testes. Sai satisfeito com a parte defensiva?
“Gostei muito dos conceitos defensivos, foram bem executados até aos 60 minutos”
—A Suécia tem uns atacantes de alto nível. Gostei muito dos conceitos defensivos, foram muito bem executados até aos 60 minutos. Depois, acho que perdemos a concentração. Gostei muito da comunicação, da intensidade defensiva. Acho que foi um bom teste. É um exercício muito importante para nós, trabalhámos conceitos defensivos. Gostei muito de novas ligações, compromisso
e espírito muito bom. Já conceitos... há a melhorar. É importante trabalhar conceitos diferentes.
Matheus Nunes foi titular. O que achou da exibição?
—Temosjogadoressemelhantes, com valências semelhantes mas o Matheus tem uma capacidade física e está num patamar importante e acho que esteve focado, teve um bom despenho mas mostrou que tem valências diferentes dos nossos outros médios.
E de Jota Silva?
—Há três passos. Um é chegar à Seleção. A chamada aconteceu porque está a fazer uma época muito boa, é um jogador versátil, diferente. Pode jogar nas alas, como ponta-de-lança. Depois, é mostrar um aspeto positivo no treino. Fez isso e gostei, mereceu a estreia, que tornou ainda mas especial o ambiente. É o que a Seleção pode dar quando tem um exemplo como o Jota, que é exemplo para o futebol português. Merece estar na seleção e trabalhou muito bem”.
“O Jota merece estar na seleção e trabalhou muito bem nos treinos. O caminho dele é exemplar”