O Jogo

Mão-cheia de ases

Portugal voltou a demonstrar que tem opções em quantidade e qualidade como, provavelme­nte, nunca antes na história.

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

Afinal, a Suécia não foi o teste defensivo que se esperava de uma equipa que conta com Gyokeres no ataque. Lá está, os jogadores são eles próprios e as respetivas circunstân­cias, e as do avançado sueco na seleção nórdica são muito diferentes das que o enquadram no Sporting. A seu favor, registe-se o golo que, apesar de tudo, conseguiu marcar, elevando-o acima da confranged­ora mediania da Suécia durante quase todo o jogo. Os suecos estão a estrear um selecionad­or novo e talvez isso explique uma boa parte do desacerto que marcou quase toda a exibição, especialme­nte no último terço. O resto, é naturalmen­te explicado pela superior qualidade do jogo produzido por Portugal, em particular na primeira parte, antes das substituiç­ões começarem a descaracte­rizar a equipa. De resto, o jogo de ontem acabou por ser um hino à quantidade de opções de que Roberto Martínez dispõe nesta altura. Mais ainda consideran­do que, de fora, ficaram jogadores como Cancelo, Dalot, Danilo, Otávio, Vitinha, João Félix e Ronaldo, reservados como estão para a deslocação à Eslovénia. Provavelme­nte, nunca houve um lote tão vasto de jogadores de calibre Seleção como aquele que existe agora. Sim, há alguns que se elevam a acima da média. Ontem, foi esse o caso de Rafael Leão, primeiro aríete a demolir a defesa sueca, de Bruno Fernandes e Bernardo Silva na descoberta dos caminhos mais curtos para a baliza, mas também de Palhinha, imperial no meio-campo, ou de Rúben Dias, decisivo no eclipse parcial de Gyokeres. A única má notícia, se é que lhe podemos chamar assim, é que perante tantas opções, Roberto Martínez vai mesmo ter de deixar algumas quase tão boas como as outras de fora. A boa notícia para essas, é que a Seleção não acaba no Europeu.

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