O Jogo

HERÓI IMPROVÁVEL EM CIMEIRA DE LENDAS

Com Casillas, Diego e Zidane ainda para as curvas, foi um golo de Marek Cech a fazer do FC Porto o primeiro visitante a vencer o Real Madrid no “Corazón Classic”

- FRANCISCO SEBE

Milan, Bayern, Arsenal e Man. United (entre outros) já tinham tentado fazer a desfeita ao anfitrião Real Madrid, mas a primeira equipa a vencer os “merengues” no “Corazón Classic” foi mesmo o FC Porto. Ontem, na 11.ª edição anual da partida solidária, a versão Vintage dos dragões levou a melhor no Santiago Bernabéu graças a um golo do “improvável” Marek Cech, logo aos oito minutos. Com as receitas do encontro a reverterem para a luta contra a esclerose lateral amiotrófic­a, coube ao antigo lateral eslovaco desviar para a baliza um passe de Derlei, após excelente abertura de Diego.

O ex-internacio­nal brasileiro foi, de resto, uma das estrelas mais brilhantes numa manhã em que mais de 70 mil espectador­es puderam matar saudadesde­íconescomo­Zidane, Seedorf – acertou no ferro duas vezes –, Figo e Raúl. Do lado portista, Vítor Baía, Maxi Pereira, Bruno Alves, Rui Barros e Varela mostraram que estão aí para as curvas.

Entre sorrisos abertos, mas, também, alguns lances mais ríspidos, a festa também foi de... Casillas. O antigo guarda-redes, que fez o último jogo como profission­al em 2019, após ter sofrido um enfarte do miocárdio num treino, começou por defender a baliza do Real, mas, aos 72’, trocou de camisola e foi para o lado azul e branco. Afinal, foram os dois únicos clubes que represento­u em toda a carreira. Já as qualidades parecem estar intactas, uma vez que, aos 10’, negou o 2-0 a

Derlei com espantosa intervençã­o. Só mesmo Cech conseguiu bater o espanhol.

Ao cabo de quase 90’ – a gestão física dos atletas foi tida em conta – o resultado deixou de ser o mais importante e só ficaram a faltar vislumbres de Quaresma e Roberto Carlos (não saíram dos respetivos bancos). Reinou a boa disposição e reencontra­ramse velhos amigos. No fim, ganhou o FC Porto.

Cech, autor do golo decisivo, sentiu-se “privilegia­do por marcar” a Casillas

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Varela tenta o remate perante a oposição do espanhol Raúl Bravo no jogo das lendas

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