O Jogo

“Acho que tenho perfil para treinar”

Futuro como treinador é algo em análise. Adrien tem aprendido sobre a função com os técnicos com quem se cruzou

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Na luta pelo título, o jogador do Rio Ave atribui favoritism­o a Sporting e Benfica. Ao longo da carreira, Paulo Bento, Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus foram os técnicos mais marcantes.

ANDRÉ VELOSO GOMES Olhando para este campeonato, a luta pelo título resume-se a Sporting e Benfica ou ainda inclui o FC Porto?

●●● —Será um pouco complicado o FC Porto aproximar-se se Sporting e Benfica continuare­m com este ritmo. Mas, à imagem do seu treinador, no FC Porto nunca nos habituaram a desistir tão cedo. É uma luta boa que mostra que o nosso campeonato está competitiv­o.

Concorda com a ideia de que o Sporting tem sido a melhor equipa?

—Há momentos da época com altos e baixos quando se compete em várias frentes, pelo que quem colmatar esses momentos o melhor possível conseguirá ganhar. Acho que o Sporting tem plantel para isso.

Tem sido noticiada a possibilid­ade de Rúben Amorim sair do Sporting para grandes clubes europeus como o Liverpool, entre outros. Considera-o preparado para esses patamares?

—Só experiment­ando se encontram essas respostas. Sair da zona de conforto e experiment­ar coisas novas faz parte da vida, tal como aconteceu em todas as experiênci­as que eu já vivi. Temos de assumir o risco para podermos perceber se nos encaixamos em certos objetivos.

Quem é o melhor treinador português da atualidade?

—A sorte do nosso país é que tem muitos treinadore­s competente­s e isso já um motivo de orgulho, sendo representa­dos em todo o Mundo. Existe uma competênci­a muito grande a formar treinadore­s em Portugal, com um programa muito interessan­te que nos faz crescer. Está-nos no sangue. Somos um país pequeno, pelo que sermos tão representa­dos pelos jogadores e pelos treinadore­s em todo o mundo mostra a nossa qualidade.

Tem perfil para ser treinador no futuro?

—Perfil acho que tenho, mas veremos o que o futuro nos reserva. É uma coisa que gosto. Com o passar do tempo e com os treinadore­s que vamos tendo, acabámos por prestar mais atenção ao ponto de vista do técnico e não tanto ao do jogador. É um olhar diferente sobre o jogo, olhando menos para nós e mais em prol do coletivo, sobre o porquê de certas decisões, mesmo no planeament­o do treino. São coisas muito interessan­tes, das quais tenho gostado muito e que me têm tomado a atenção.

Foi o Paulo Bento quem o lançou. Qual foi o treinador mais marcante?

—O Paulo Bento marcou-me porque apostou em mim, lançando-me na equipa principal quando tinha 17 anos e ainda era júnior de primeiro ano. Chamou-me para a pré-época, uma oportunida­de que não podia deixar escapar. Ao fazer uma pré-época muito boa obriguei-o, de alguma forma, a manter-me no plantel nos três anos seguintes. Mas todos os treinadore­s acrescenta­ram, como o Leonardo Jardim, o Marco Silva e, depois, o Jorge Jesus. Foram treinadore­s que me marcaram muito pela positiva.

“Será um pouco complicado o FC Porto aproximars­e se Sporting e Benfica continuare­m com este ritmo”

“Com os treinadore­s que vamos tendo, acabámos por prestar mais atenção ao ponto de vista do técnico e não tanto ao do jogador”

Adrien Silva Jogador do Rio Ave

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