O Jogo

UM ANO MELHOR SERIA IMPOSSÍVEL

366 dias depois da estreia por Portugal, Roberto Martínez continua com a folha limpa: em 11 jogos, foram 11 os triunfos conseguido­s

- RODRIGO CORTEZ

De entre os selecionad­ores anteriores, a melhor série de vitórias seguidas tinha sido obtida por Luiz Felipe Scolari, com oito. Fernando Santos não ultrapasso­u as seis e Paulo Bento não passou das cinco.

No dia 23 de março de ●●●

2023, o espanhol Roberto Martínez festejava a primeira vitória ao serviço da Seleção portuguesa. A primeira de um total de onze, tantas quantos os jogos disputados pela equipa das Quinas sob o seu comando, no espaço de um ano, ontem completado.

Um registo único na história da Seleção, bem acima do máximo de triunfos seguie... dosobtidos­pelosselec­ionadores anteriores, como foram os casos de Fernando Santos (seis), Paulo Bento (cinco), Luiz Felipe Scolari (oito) ou Humberto Coelho (seis).

Já o próprio Martínez chegou afazermelh­ornaBélgic­a,onde esteve antes de Portugal, obtendo 12 triunfos consecutiv­os entre 21 de março de 2019 e 8 de setembro de 2020. Uma série quebrada num jogo particular (como o de terça-feira, com a Eslovénia) com a Costa do Marfim, por 1-1. Mas nem nos belgas a entrada do espanhol foi tão de rompante como esta que está a ter nos lusos: conforme pode ler-se na infografia em baixo, os Diabos Vermelhos empataram três jogos e perderam outro nos primeiros 11 encontros com este treinador ao leme. Na Seleção portuguesa,FernandoSa­ntos também tinha entrado razoavelme­nte bem, mas muito longe deste registo agora obtido, conseguind­o na altura oito vitórias três derrotas. No jogo de estreia do engenheiro, os lusos perderam em França por 2-1 num particular, o que, no seu primeiro ano, sucedeu também frente a Cabo Verde e de novo com a França, ambos por 1-0, em jogos de preparação.

Ontem, em conferênci­a de Imprensa (ver peça ao lado), Diogo Dalot elogiou os desempenho­s de Fernando Santos, em jeito de comparação com os atuais registos. “Após troca de selecionad­or, como é normal, terá de haver mudanças, mas o que está para trás [com Santos] também foi positivo. Há que ter essa noção, porquesemp­refomosuma­Seleção forte, uma equipa da qual se espera que ganhe quando atinge as fases finais das competiçõe­s. Já ganhámos no passado e agora queremos ganhar no futuro”, declarou o lateral do Manchester United.

Mas além dos triunfos seguidos impression­a a forma concludent­e como foram obtidos, com 41 golos apontados, a uma média de quase quatro por jogo (3,73) e apenas quatro sofridos (0,37 de média). Nas onze partidas dos lusos com o espanhol ao comando, só em dois sofreram golos, num 3-2 com a Eslováquia e, agora, no 5-2 à Suécia. Em nove dos encontros as redes lusas não abanaram.

“Após uma troca de selecionad­or tem que haver mudanças, o que é normal, mas o que está para trás também foi positivo”

“Sempre fomos uma Seleção forte, uma equipa da qual se espera que ganhe quando atinge as fases finais”

Diogo Dalot

Jogador de Portugal

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