O Jogo

AVB quer comissão independen­te

Candidato revelou que tem “recebido pessoas das claques na sede de campanha” e defende alterações na “operaciona­lização” do ato eleitoral

- FRANCISCO SEBE

Villas-Boas diz estar em “contacto diário” com Lourenço Pinto e vinca “confiança” no presidente da MAG do FC Porto. Contudo, lança outra acusação: “Jogadores são obrigados a assinarem por certos agentes.”

A um mês e três dias das eleições do FC Porto, André Villas-Boas marcou presença em Vizela e, perante cerca de 200 adeptos e sócios dos dragões, defendeu alterações no “modelo de operaciona­lização” do ato eleitoral do clube, a começar pela possível entrada em cena de uma “comissão independen­te”. “Até à confirmaçã­o das candidatur­as, faz sentido ser o presidente da Mesa da Assembleia Geral a tratar. A partir daí, já faz sentido uma comissão independen­te, de sócios ou subcontrat­ada a uma consultora, tomar conta do processo eleitoral”, sugeriu o candidato à liderança azul e branca. “Numa votação onde são esperadas 25 ou 30 mil pessoas, é preciso dar resposta a um sem fim de perguntas: credenciaç­ão, testes de segurança, selagem de portas, contagem de urnas e por aí fora”, enumerou AVB, sem retirarcon­fiançaaLou­rençoPinto. “Tem de haver transparên­cia e estamos em contacto diário com o presidente da MAG. Acreditamo­s nele e nas pessoas que estão a montar o ato eleitoral”, ressalvou.

No sentido de precaver a adesão recorde que tem sido projetada, o FC Porto deverá disponibil­izar cerca de meia centena de mesas de voto no Estádio do Dragão,quevairece­berosufrág­io a 27 de abril. Um dia no qual Villas-Boas conta com os votos de alguns elementos das claques. “Tenho recebido em sede de campanha muitas pessoas dos Super Dragões e do Colectivo, que preparam o apoio de forma individual e crescente”, revelou o candidato, lembrando que “é assim que funciona a democracia”. “Há divisão para depois haver união. O bem comum é o bem do FC Porto. Não podemos continuar mais quatro anos assim por gratidão”, atirou André.

Novamente questionad­o por alguns sócios sobre o tema das comissões pagas a agentes de jogadores, AVB falou em “opressão”. “Há jogadores que estão a ser obrigados a assinarem por determinad­os agentes, seja para renovar, seja para continuar a jogar”, denunciou. Villas-Boas revelou, ainda, o motivo que conduziu à alteração da data de apresentaç­ão (de 3 para 2 de abril) do projeto do centro de alto rendimento que espera erguer no Olival. “A 3 de abril, o FC Porto foi campeão às escuras na Luz. Era para assinalar esse aniversári­o. Será um dia antes, em Lisboa, porque no dia 3 há jogo da Taça”, justificou, referindo-se aos sócios radicados na capital como “guerreiros”.

A fechar, um apontament­o curioso. Ao abordar as mudanças constantes no “ecossistem­a do futebol” e o “sentimento de nostalgia” daí decorrente, Villas-Boas revelou ter comprado recentemen­te “uma camisola do FC Porto de 1996”, com estampagem nas costas. O jogador? Sérgio Conceição...

“Não podemos continuar mais quatro anos assim por gratidão”

André Villas-Boas Candidato a presidente do FC Porto

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