RECONSTRUÇÃO JÁ ESTÁ A DAR FRUTOS
Após uma final emocionante frente ao Bastardo, o Sporting conquistou a Taça de Portugal, o primeiro título sob a alçada de João Coelho
Foi preciso ir até às vantagens na negra para encontrar o vencedor da Taça de Portugal, em Viana do Castelo, onde jogar-se até ao limite foi a norma. Ao fim de mais de duas horas de final, só ao seu sexto match-point o Sporting ultrapassou a Fonte do Bastardo (25-16, 20-25, 25-22, 20-25 e 22-20), erguendo o troféu pela quinta vez no historial. Superado um desfecho impróprio para cardíacos, os leões alcançaram o primeiro títulodesdeaTaçade2020/21, indicando que estão num bom caminho para se reafirmarem no panorama nacional, sendo esta a primeira época completa às ordens de João Coelho, que ontem comparou a equipa a “uma criança de sete meses”, portanto ainda em construção.
As razões de queixa do técnico vinham do facto de os verde e brancos só terem exercido autoridade no primeiro set (10-3), com Wagner Silva a dar cedo nas vistas. A seguir, os açorianos, perante a oportunidade de salvarem uma temporada aquém do esperado, refrescaram o seis, lançando López, Romero e Gilbert para os lugares de Passalent, Caíque e Dutra, sujeitos a um enorme esforço de véspera para afastar o Leixões, também na negra. Com estas trocas, o conjunto insular melhorou a olhos vistos, em particular no bloco, e empatou (20-25).
A partir daqui, a final inédita foi discutida taco a taco e com total imprevisibilidade. Se no terceiro set a entrada de Tiago Barth foi decisiva para o leão retomar a dianteira (25-22), no quarto a organização proporcionada por Francisco Pombeiro deu vida ao Bastardo (20-25).
No derradeiro quinto set, deu a sensação que a vitória poderia cair para qualquer lado, brilhando Silva de um lado (26 pontos) e Romero do outro (19). Após muita insistência, um remate do brasileiro que o bloco açoriano enviou para fora ditou a festa leonina.
“Esta conquista era muito importante. Está à vista que não somos uma equipa acabada. Há muito para melhorar e demos prova disso”
João Coelho Tr. do Sporting
“Saio daqui orgulhoso. Mostrámos que conseguimos crescer nos momentos de decisão, mas ainda não o suficiente”
Nuno Abrantes Tr. da Fonte do Bastardo