Evitar a via sacra na sexta-feira da Paixão
Antes de se encontrarem para os dérbis da Taça de Portugal e do campeonato, Benfica e Sporting têm uma jornada para mostrarem em que ponto estão depois da última paragem para as seleções.
Não deixa de ser simbólico que Benfica e Sporting joguem ambos na sexta-feira da Paixão antes de se encontrarem para decidirem quem segue para o Jamor e, logo a seguir, quem lidera, e com que vantagem, o campeonato. Ofuscados pelo brilho dos dérbis, os jogos das águias com o Chaves e dos leões com o Estrela da Amadora podem parecer uma nota de rodapé na história do campeonato, mas todos sabemos que são os pequenos obstáculos que podem causar as quedas mais aparatosas, especialmente quando a margem de erro é zero. Depois de quase duas semanas de paragem, os jogos de sexta-feira dão o tiro de partida para a fase decisiva da temporada e hão de permitir tirar o pulso a leões e águias antes dos braços de ferro entre ambos que se seguem. Por exemplo, entretanto, há de acontecer a anunciada conversa entre Schmidt e Kokçu – boa sorte para o tradutor – aguardada com tanta expectativa fora como dentro do balneário, onde há outros egos de ouvido encostado à porta a tentarem perceber quem cede. Schmidt não pode simplesmente descartar o jogador mais caro do plantel, mas também não pode correr o risco de perder a autoridade sobre o grupo numa fase tão decisiva da época. Em Alvalade, os problemas são de outra natureza. Amorim tem o plantel na mão, com exceção dos jogadores que estão entregues ao departamento clínico. Quantos deles recuperam e que alternativas foram trabalhadas durante a paragem, eis perguntas a que a sexta-feira da Paixão vai responder.