Relatos de pais “ilibam” Sérgio
Encarregados de educação presentes em Huelva afirmam em O JOGO que o técnico “não agrediu ninguém”
Conceição foi ao relvado conversar com o árbitro, mas, segundo as testemunhas, não partiu para vias de facto. Empurrão a Moisés originou confusão de que fala o alcaide de Cartaya.
●●● Sérgio Conceição não foi o único pai de jovens atletas do FC Porto a marcar presença na Gañafote Cup. Como tal, O JOGO chegou à fala com Miguel Alves e Susana Moreira, encarregados de educação de dois colegas de equipa de José Conceição, que relataram o que viram. Com muito em comum nas descrições dos factos, os dois testemunhos convergem numa conclusão: segundo os inquiridos, o treinador dos dragões “não agrediu ninguém”. “O Sérgio [Conceição] não agrediu ninguém e nenhum familiar dele agrediu ninguém. Quem foi agredido foi o Moisés [filho de Sérgio], levou um empurrão no peito. E não houve invasão de campo, isso é pura mentira”, esclareceu Susana Moreira, corroborada por Miguel Alves. “Há um senhor da organização que empurra o Moisés, ao lado do Sérgio. Aí houve uma troca de palavras mais acesa, mas nada de agressões ou um toque que fosse. Absolutamente nada”, vincou.
Os ânimos nas bancadas, é certo, estavam exaltados e, após o apito final, Sérgio Conceição falou com o árbitro. “O Sérgio exaltou-se um pouco no decorrer do jogo, ele e alguns pais. Houve um penálti nítido por marcar, um menino da nossa equipa ficou a chorar no chão. O Sérgio exaltou se, o Moisés também e disseram algumas palavras menos agradáveis para o árbitro. No final do jogo, o árbitro olhou para eles os dois com olhar de gozo e a rir-se. Fomos ter com os miúdos ao outro lado do campo, para consolá-los e o Sérgio estava a falar com o árbitro sobre o penálti. Aí apareceu um indivíduo que empurrou o Moisés. Isso criou algum conflito, mas não houve agressão”, prosseguiu Susana Moreira. “No final, como acontece em todos os torneios e já tinha acontecido neste, entrámos em campo para abraçar os miúdos. O Moisés foi empurrado enquanto se falava com o árbitro, mas nunca houve um toque ou palmada do Sérgio. Ânimos exaltados, sim, mas nada de agressões”, atestou Miguel Alves ao nosso jornal.
Pouco depois, segundo Susana, Sérgio e Moisés Conceição foram encaminhados para o túnel de acesso aos balneários, na companhia de outro pai de um atleta do FC Porto. “A partir daí não vi mais nada, mas o pai do outro menino, que fala um pouco de espanhol, acompanhou o Sérgio e o Moisés e disse que estava tudo tranquilo. Os meninos não se aperceberam de nada”, concluiu.
Vítor Bruno “agarrado pelos colarinhos”
No exterior do estádio, de acordo com Susana Moreira, ocorreu outra altercação. Com Sérgio Conceição ausente, Vítor Bruno, adjunto do técnico, chegou mesmo a ser “agarrado pelos colarinhos”. “Na parte do trás do estádio, estava um casal de adeptos do Sporting e ninguém percebeu porquê, porque o Sporting não estava na final. Uma rapariga começou a filmar, foi questionada porquê e a esposa do Sérgio Conceição [Liliana] apercebeu-se. Gerou-se ali alguma confusão e o Vítor Bruno, que também lá estava, foi agarrado pelos colarinhos”, relatou.
“Quem foi agredido foi o Moisés, levou um empurrão no peito”
Susana Moreira Mãe de um atleta do FC Porto
“Houve uma troca de palavras mais acesa, mas nada de agressões ou um toque que fosse. Absolutamente nada”
Miguel Alves Pai de um atleta do FC Porto