“Ida de Gomes à UEFA preocupa”
Candidato teme que alegada viagem do administrador esteja relacionada com licenciamento
Sessão de esclarecimento em Coimbra incidiu sobre o contexto financeiro do FC Porto. Quanto à integridade do ato eleitoral, AVB sublinhou que há “filhos que pagam as quotas aos falecidos pais.”
●●● A campanha de André Villas-Boas passou ontem por Coimbra, cidade onde o agora candidato à presidência do FC Porto iniciou a carreira de treinador principal. Numa sessão de esclarecimento realizada no estádio da Académica, prececida de um Porto de honra na casa portista local, o antigo técnico debruçou-se sobre a preocupação que o assola em relação à situação financeira do clube, visando uma deslocação do atual administrador financeiro da SAD, à sede da UEFA. “O que nos intriga é a recente viagem à Suíça de Fernando Gomes. Pedimos explicações na carta que enviámos à SAD. Fernando Gomes pode deslocar-se à UEFA para ter as reuniões que entender, mas os timings relacionados com o licenciamento em março e a participação do FC Porto nas provas europeias é algo que nos assusta. Era importante aprofundar esse tema e se o FC Porto pode estar de novo em incumprimento no Fair-Play Financeiro”, atirou.
Ainda na pasta das finanças, Pereira da Costa, aspirante a CFO, adiantou que “há entidades dispostas a apostar em projetos que façam sentido, como a Academia”, deixando uma sugestão sem revelar nomes. “Se quiserem, podem ver os bancos a que Real Madrid e Barcelona têm recorrido” indicou, lançando, também, uma alfinetada à candidatura de Pinto da Costa. “Demos o pontapé de saída em algumas medidas, como a redução de custos da administração. Fomos copiados pela outra candidatura nessa medida”, disparou, com AVB a seguir o mesmo caminho ao ser questionado sobre De Bruyne. “Aplicar um polígrafo seria boa ideia. No caso de um candidato, estaria certamente no vermelho”, ironizou.
Villas-Boas reiterou ainda a preocupação com o ato eleitoral de 27 de abril. “Na Assembleia Geral de 13 de novembro, circularam cartões de sócio por não sócios e pulseiras para acesso indevido. É importante não sermos ingénuos. Há filhos que ainda pagam as quotas dos falecidos pais, para manterem o vínculo sentimental dos pais ao FC Porto. Isso preocupa-me”, rematou o candidato, que revelou que haverá 44 mesas de voto no Estádio do Dragão.