O Jogo

PORTUGUESE­S ATENTOS AO “JOGO DO SÉCULO”

Geórgia ou Grécia, uma delas vai defrontar a turma das Quinas na fase final do Campeonato da Europa, a disputar na Alemanha

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“Se sentisse que os rapazes estavam sob pressão, diria que precisávam­os de um psicólogo”

Willy Sagnol Selecionad­or da Geórgia

“Como treinador não gosto de penáltis, mas se tiver que ser, estaremos prontos”

Gustavo Poyet Selecionad­or da Grécia

RODRIGO CORTEZ

“Pela frente temos o jogo ●●● do século. E temos que o vencer” – quem proferiu esta afirmação foi Giorgi Demetradze, uma antiga estrela da seleção da Geórgia, referindo-se à receção de hoje frente à Grécia, a realizar em Tbilisi. Um encontro com particular interesse para os portuguese­s, uma vez que quem o ganhar juntase a Portugal, Chéquia e Turquia no Grupo F da fase final do próximo Europeu.

Desde que o Dinamo Tbilisi ganhou a Taça das Taças em 1981 que o povo georgiano não vivia um jogo com tanta intensidad­e. O estádio está esgotado, com 55 mil pessoas, mas se mais houvesse, mais se vendiam. “Se houvesse um milhão de ingressos tinham sido todos vendidos”, afirmou o médio Kakabadze, sobre uma partida que pode colocar a Geórgia a disputar pela primeira vez a fase final de um grande torneio de seleções.

Apesar do entusiasmo geral, o selecionad­or da Geórgia, Willy Sagnol, frisa que os jogadores não se sentem pressionad­os. “Não tenho diploma de psicologia, mas se eu sentisse que os rapazes estavam sob pressão, diria aos dirigentes que precisávam­os de um psicólogo. Eles controlam as emoções e sabem como lidar com o stresse e com a pressão”, disse o treinador a quem não falta experiênci­a: ganhou a

Champions de 2000/01 com o Bayern e jogou a final do Mundial de 2006 pela França.

Do outro lado, os gregos são também orientados por um antigo jogador conceituad­o. Falamos de Gustavo Poyet, uruguaio que venceu a Copa América de 1995 pelo seu país e ainda duas Taças das Taças por Saragoça e Chelsea. “Os jogadores gostam de estádios cheios”, afirma, atirando para canto o tema da pressão.

A Grécia chega a esta final depois de ter goleado em casa o Cazaquistã­o (5-0), a jogar em 4x3x3, numa partida em que Bakasetas foi um dos melhores, a jogar pela direita do ataque. Já a Geórgia tem em Kvaratskhe­lia a sua grande figura, a evoluir pela esquerda, pelo que se pode esperar um encontro com as ações mais fortes nessa faixa – num ataque e no outro.

Os georgianos devem atuar em 3x4x3 e chegam à final depois do 2-0 ao Luxemburgo. “Estamos prontos para 120 minutos e espero que ganhemos. Mas também nos preparámos para o desempate por penáltis, porque o jogo pode ser decidido desse forma”, declarou Sagnol.

E, do outro lado, também os penáltis foram bem ensaiados. “Se não me engano, nenhum dos nossos jogadores esteve num grande torneio, exceto Tzavelas. Não importa o título europeu de 2004. Como treinador, não gosto de penáltis, mas se tiver que ser, estaremos prontos. Tentaremos vencer em 90 ou em 120 minutos”, comentou Poyet.

 ?? ?? KVARATSKHE­LIA (NA FOTO) É A GRANDE FIGURA DA SELEÇÃO DA GEÓRGIA QUE HOJE RECEBE A GRÉCIA
KVARATSKHE­LIA (NA FOTO) É A GRANDE FIGURA DA SELEÇÃO DA GEÓRGIA QUE HOJE RECEBE A GRÉCIA

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