O Jogo

Martínez “Experiment­ar ligações e jogadores foi o nosso ganho ”

Técnico desviou algum melindre pela primeira derrota, após percurso imaculado, rejeitando qualquer quebra de confiança, pois o plano para o jogo na Eslovénia foi cumprido Espanhol queria vencer, também o disse, mas sublinhou enriquecim­ento de informação

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PEDRO CADIMA

Roberto Martínez valorizou experiênci­as, busca de novas ligações, por cima do resultado, lamentando a falta de precisão no ataque ao último terço do relvado.

“Deu para experiment­ar o que é que podemos fazer em amigáveis. Mais preparados...”

Esta exibição sinaliza algum tipo de alerta?

—Temos de olhar para toda a informação, precisávam­os de experiment­ar muitas coisas e novos jogadores. Não gostámos de perder, esse foi o primeiro ponto. Estamos, agora, melhor preparados, deu para experiment­ar o que podemos experiment­ar em amigáveis.

“Quisemos controlar com ligação por dentro entre Neves, Cancelo, Vitinha e Otávio. Faltou o último passe”

Que lição maior do que não pode acontecer no Euro?

—Se queremos fazer os sete jogos, devemos estar preparados para sofrer primeiro. Era perigoso ir ao torneio sem isso ocorrer. Foi uma reação difícil, a equipa não geriu bem a situação, mas o resultado podia ter sido diferente, porém, a Eslovénia mereceu ganhar o jogo. Faz parte do processo, a ideia não era dar tudo para ganhar, era dar tudo pelo acesso a mais informação. Experiment­ar jogadores, ligações, definir jogadas em zonas do relvado, olhar parceiros diferentes. Foi esse o nosso ganho, não no resultado, mas, sim, no processo.

A equipa ressentiu-se de não ter Bruno e Bernardo?

—Sabíamos isso antes do jogo, mas precisávam­os, neste jogo, de ter acumulação de jogadores técnicos com a ideia de controlar o jogo, procurar a ligação por dentro entre Cancelo, Rúben Neves, Vitinha e Otávio. Foi conseguido, mas não tivemos o último passe e a penetração. Não conseguimo­s criar chances, mas é algo ligado ao que este jogo era para nós. Gostei muito do que o Chico fez quando entrou. Dá informação importante antes da lista definitiva.

Sentiu falta de atitude?

—A atitude foi boa, a Eslovénia defendeu muito bem, faltou-nos procurar espaço e linhas de passe precisas. Houve muita posse, mas faltou, no fundo, a decisão correta, faltou executar melhor.

Conclusão a reter da aposta em três centrais?

—É uma possibilid­ade tática, mas havia outras coisas a testar. Danilo, Gonçalo e Pepe mostraram boa comunicaçã­o na primeira parte e o António Silva também na segunda. A estrutura é em função daquilo que nós vamos precisar e em função do adversário. É importante sermos taticament­e flexíveis. A ideia foi neutraliza­r pontos fortes da Eslovénia, os avançados. Olhou-se ao rival e, no futuro, podemos utilizar as duas estruturas.

“Gostei muito do que fez o Chico quando entrou. Foi informação importante”

“Geórgia diz-nos que temos de igualar a capacidade emocional de uma equipa estreante”

Como reage ao apuramento da Geórgia?

—O mais importante será igualar a capacidade emocional de uma equipa que se vai estrear no Europeu.

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Roberto Martínez mostrou também satisfação pela resposta da linha de três atrás

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