HISTÓRIA E EUFORIA NA RELVA DE TBILISI
Foi a Geórgia a tirar o último bilhete para o próximo Campeonato da Europa, prova na qual irá defrontar Portugal, Turquia e Chéquia no grupo F
Com a realização das três finais do play-off, os grupos da fase final do próximo Campeonato da Europa ficaram ontem completos. O de Portugal, Turquia e Chéquia, que é o F, vai contar também coma Géorgia, que ontem festejou o apuramento ao vencer a Grécia no desempate por grandes penalidades, depois de um nulo ao fim de 120 minutos.
Na baliza grega, Vlachodimos não conseguiu defender nenhum remate dos onze metros, enquanto do outro lado Mamardashvili travou o remate de Bakasetas. Também houve um remate ao lado em cada uma das equipas, pelo que, quando Kvekveskiri fez o 4-2, a festa georgiana foi imensa, com direito a invasão de campo. E foram aos milhares os adeptos que pisaram o relvado, dando expressão a um feito único na história do futebol daquele país: até hoje, nunca a Geórgia tinha chegado a uma fase final de Europeus ou Mundiais.
Estava muito em jogo do lado da equipa da casa, que durante os 120 minutos pouco ou nada arriscou. Isto face a uma Grécia que tem nesse tipo de futebol (de baixo risco) a sua identidade histórica. E Portugal que o diga: a última vitória lusa sobre os helénicos foi em 1996, com três empates
e três derrotas desde então, uma das quais na final do Europeu de 2004.
Nos primeiros 90 minutos só um remate tinha ido na direção da baliza, com Vlachodimos a defender para canto um livre de Chakvetadze. A ansiedade era muita, mas a emoção quase nula.
Até que, no prolongamento, surgia a primeira verdadeira ocasião: a um canto da esquerda do ataque, Mavropanos saltou mais alto do que toda a gente na grande área e atirou de cabeça à trave. Os vencedores também precisam de sorte para sorrir e foi isso mesmo que aconteceu à Geórgia, a chegar viva aos penáltis que lhe trouxeram a glória.
“É preciso paciência e esperança. Às vezes dá certo, outras vezes não”
Willy Sagnol Selecionador da Geórgia