O Jogo

“Antero foi a casa da minha filha...”

Presidente portista revelou o nome de quem o terá tentado persuadir a não se recandidat­ar

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Embora diga que VillasBoas “era incapaz, de certeza absoluta, de querer mal” ao clube, o líder da lista “Todos pelo Porto” criticou a apresentaç­ão do CAR em Lisboa. “Não enganaram os portuenses”, atirou.

Pinto da Costa já havia ●●● contado, por diversas ocasiões, que uma pessoa teria abordado familiares diretos no sentido de o tentar persuadir para não se recandidat­ar. Ontem, porém, o presidente do FC Porto mencionou o nome e até o momento em que terá acontecido a abordagem. “Em outubro do ano passado, o Sr. Antero Henrique, que é o patrono desta candidatur­a [André Villas-Boas], foi a casa da minha filha, a Vale Pisão, para saber se me ia candidatar ou não e para me aconselhar a que não me candidatas­se, porque tinha um grupo, ia ser muito difícil e depois de janeiro ia haver muitos ataques”, garantiu o líder da lista “Todos pelo Porto”, num jantar com 50 jovens entre os 18 e os 30 anos, num restaurant­e da Foz, em que anunciou também Pedro Nuno Amorim como mandatário para a juventude.

Apesar de serem adversário­s, Pinto da Costa acredita que Villas-Boas “era incapaz, de certeza absoluta, de querer mal ao FC Porto”. “Não é ele que tem más ideias. Ele transmite as ideias que lhe põem no papel e que ele vai ler”, sustentou, embora não tenha evitado a crítica ao local escolhido pelo principal opositor para apresentar o Centro de Alto Rendimento que propõe criar no Olival. “Não se justifica que o FC Porto, que tem o coração na nossa cidade, que é o símbolo da nossa região, que é o orgulho do nosso país, vá para Lisboa apresentar um projeto na capital”, atirou, defendendo que a obra em causa “não tem viabilidad­e”. “Não está autorizado, não tem projeto aprovado, não cabe nada a totalidade do que disseram, porque metade desse terreno está em reserva ecológica. Portanto, tiveram o bom senso de não vir enganar os portuenses e tiveram o bom senso de ir pregar para a capital”, referiu.

Vincandoqu­etrabalha“para a geração que está na força da vida e que um dia terá que dirigir o FC Porto”, Pinto da Costa visou os que “nas redes sociais, sem rosto, dizem meia dúzia de barbaridad­es”. “Não é preciso vir o Papa dizer-nos. Nós sabemos que temos que ser todos pelo FC Porto. Se for eleito, o meu primeiro trabalho será unir a massa associativ­a e os adeptos do FC Porto”, prometeu. “Assumi este testemunho em 1982 e passá-loei quando vocês quiserem”, concluiu.

 ?? ?? Pinto da Costa jantou com jovens apoiantes num restaurant­e da Foz, no Porto
Pinto da Costa jantou com jovens apoiantes num restaurant­e da Foz, no Porto

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal