BOZENIK SEM PRESSÃO
Avançado não marca há seis encontros, mas Ricardo Paiva vinca que o internacional eslovaco dá muito mais do que golos e acredita que os tiros certeiros voltarão naturalmente
Treinador dos axadrezados espera um jogo difícil na visita aos algarvios e não os espera fragilizados, apesar de não vencerem há nove jogos. Ausências de Salvador Agra e Reisinho não o preocupam.
SOFIA ESTEVES TEIXEIRA
Depois de um empate caseiro no Bessa diante do Rio Ave, as panteras seguiram até ao Algarve para defrontar o Farense, numa viagem pontuada pelas ausências de Salvador AgraeReisinho,ambosacumprir castigo. Apesar destas baixas de peso, Ricardo Paiva promete uma equipa pronta e competitiva para mais um desafio importante, ou não estivessem os dois clubes separados por apenas dois pontos. “Desde o início que tem sido assim, tentando encontrar soluções para fazermos face aos jogos que temos pela frente. Este não foge à regra. A ausência de uns é a oportunidade de outros, e é dessa forma que conseguimos motivar os jogadores para corresponderem ao que foi trabalhado durante a semana. Vamos ter de utilizar os jogadores que temos ao dispor e pôr em prática o que trabalhámos de forma séria e comprometida, independentemente de quem vai entrar no jogo”, vincou.
O Farense não vence há nove jornadas, mas o técnico do Boavista não espera um rival fragilizado, antes pelo contrário: “Temos de perceber com que tipo de adversários é que
jogou. Apanharam grandes pelo meio, têm uma série de empates também, resultados que se podem entender como positivos, e acho que esse facto não tira qualquer valor ao campeonato que o nosso adversário está a fazer. Não foi com essa premissa que preparámos o jogo.”
Quem também atravessa uma seca, mas de golos, é Bozenik. O avançado não festeja há seis encontros para o campeonato e o treinador fez questão de lhe tirar pressão, além de ter louvado o trabalho
do atleta. “A produtividade não se resume aos golos. Sei que todos nós apontamos o golo como missão de um ponta-de-lança, mas ele dá-nos muito mais do que isso. Consegue trabalhar, consegue produzir para que outros jogadores surjam nessa zona de finalização; não é só ele que está obrigado a marcar. Acredito que, com naturalidade, os golos dele vão voltar. Esse não é um peso que ele tenha de carregar sozinho”, referiu sobre o desempenho do internacional eslovaco.
Jejum de vitórias dos algarvios não ilude o treinador do Boavista, que lembra os jogos do Farense contra os grandes