O primeiro já está
OSporting é finalista da Taça de Portugal. Num jogo pouco conseguido, sobretudo na primeira parte, o Sporting empatou com o Benfica (2-2), e conquistou o direito a estar na final, no Jamor, desta competição. Jogámos mal a primeira parte com muitas bolas perdidas, seja por passes errados, seja por passes interceptados pelo Benfica. Fomos felizes com uma bola na trave e nunca conseguimos ter o controlo do jogo. Na segunda parte entrámos melhor, marcámos, e nunca estivemos atrás no marcador. O Benfica também foi feliz com uma bola na trave de Gyokeres. Resistimos à pressão do Benfica e conseguimos atingir o objectivo último de estar na final da Taça de Portugal. O Sporting fica a dever a si próprio não ter chegado a este jogo decisivo com outra tranquilidade. No jogo da 1.ª mão, jogámos consideravelmente melhor que o Benfica, e devíamos ter conseguido um resultado mais desnivelado que resolvesse esta meia-final a nosso favor. Mais uma vez, a ineficácia na concretização das oportunidades criadas fez a sua aparição, frustrando os nosso intentos.
Viu-se um Gonçalo Inácio uns furos abaixo do que pode jogar. Mas não foi só ele, porque Diomande ainda esteve pior, sempre muito lento, exibindo um péssimo timing a soltar a bola. Trincão também esteve abaixo daquilo que tem jogado, e é imperioso que apareça nestes jogos “grandes”. Franco Israel desta vez não comprometeu, antes pelo contrário, fazendo duas belas defesas a remates de Di Maria.
As entradas de Geny Catamo, St. Juste e Matheus Reis, no início da segunda metade, vieram dar outro equilíbrio à equipa, materializado no magnifico golo de Hjulmand. Geny Catamo pôs Aursnes em sentido, sendo o autor da jogada que deu o segundo golo ao Sporting. Hjulmand, foi na minha opinião, o melhor jogador do Sporting, não só pelo golo que marcou, mas por aquilo que jogou. Bem sei que é Gyokeres que está “nas bocas do mundo”, mas este jogador dinamarquês é de uma importância extraordinária para a equipa do Sporting.
Paulinho esteve muito bem, marcando um golo, e ajudando a equipa com eficácia nos momentos defensivos.
Di María deve achar, nesta fase da carreira, que um jogo de futebol é uma peça de teatro. Muita teatralidade e simulação dum jogador cujo o talento é inquestionável. Falando de arbitragem e do “odiado” João Pinheiro, finalmente o Sporting acaba um jogo sem razões de queixa do mesmo.
Foi um arbitragem globalmente
“É Gyokeres que está ‘nas bocas do mundo’, mas este jogador dinamarquês [Hjulmand] é de uma importância extraordinária”
boa, com um lance que foi transformado em “caso do jogo”, pela turba benfiquista, presente em grande número na comunicação social. Refiro-me ao lance entre Coates e Rafa na área do Sporting. Em campeonatos doutra qualidade, como o inglês ou o alemão, este lance nunca seria passível de marcação duma grande penalidade, porque Coates nunca toca em Rafa. Aqui as coisas mudam, dependendo da cor dos olhos de quem analisa o dito lance.
Nota: artigo escrito antes do dérbi ontem realizado.