O Jogo

O primeiro já está

- O Jogo do Leão Manuel Moura dos Santos Manuel Moura dos Santos escreve de acordo com a antiga ortografia

OSporting é finalista da Taça de Portugal. Num jogo pouco conseguido, sobretudo na primeira parte, o Sporting empatou com o Benfica (2-2), e conquistou o direito a estar na final, no Jamor, desta competição. Jogámos mal a primeira parte com muitas bolas perdidas, seja por passes errados, seja por passes intercepta­dos pelo Benfica. Fomos felizes com uma bola na trave e nunca conseguimo­s ter o controlo do jogo. Na segunda parte entrámos melhor, marcámos, e nunca estivemos atrás no marcador. O Benfica também foi feliz com uma bola na trave de Gyokeres. Resistimos à pressão do Benfica e conseguimo­s atingir o objectivo último de estar na final da Taça de Portugal. O Sporting fica a dever a si próprio não ter chegado a este jogo decisivo com outra tranquilid­ade. No jogo da 1.ª mão, jogámos considerav­elmente melhor que o Benfica, e devíamos ter conseguido um resultado mais desnivelad­o que resolvesse esta meia-final a nosso favor. Mais uma vez, a ineficácia na concretiza­ção das oportunida­des criadas fez a sua aparição, frustrando os nosso intentos.

Viu-se um Gonçalo Inácio uns furos abaixo do que pode jogar. Mas não foi só ele, porque Diomande ainda esteve pior, sempre muito lento, exibindo um péssimo timing a soltar a bola. Trincão também esteve abaixo daquilo que tem jogado, e é imperioso que apareça nestes jogos “grandes”. Franco Israel desta vez não compromete­u, antes pelo contrário, fazendo duas belas defesas a remates de Di Maria.

As entradas de Geny Catamo, St. Juste e Matheus Reis, no início da segunda metade, vieram dar outro equilíbrio à equipa, materializ­ado no magnifico golo de Hjulmand. Geny Catamo pôs Aursnes em sentido, sendo o autor da jogada que deu o segundo golo ao Sporting. Hjulmand, foi na minha opinião, o melhor jogador do Sporting, não só pelo golo que marcou, mas por aquilo que jogou. Bem sei que é Gyokeres que está “nas bocas do mundo”, mas este jogador dinamarquê­s é de uma importânci­a extraordin­ária para a equipa do Sporting.

Paulinho esteve muito bem, marcando um golo, e ajudando a equipa com eficácia nos momentos defensivos.

Di María deve achar, nesta fase da carreira, que um jogo de futebol é uma peça de teatro. Muita teatralida­de e simulação dum jogador cujo o talento é inquestion­ável. Falando de arbitragem e do “odiado” João Pinheiro, finalmente o Sporting acaba um jogo sem razões de queixa do mesmo.

Foi um arbitragem globalment­e

“É Gyokeres que está ‘nas bocas do mundo’, mas este jogador dinamarquê­s [Hjulmand] é de uma importânci­a extraordin­ária”

boa, com um lance que foi transforma­do em “caso do jogo”, pela turba benfiquist­a, presente em grande número na comunicaçã­o social. Refiro-me ao lance entre Coates e Rafa na área do Sporting. Em campeonato­s doutra qualidade, como o inglês ou o alemão, este lance nunca seria passível de marcação duma grande penalidade, porque Coates nunca toca em Rafa. Aqui as coisas mudam, dependendo da cor dos olhos de quem analisa o dito lance.

Nota: artigo escrito antes do dérbi ontem realizado.

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