MVDP A TODO O VAPOR
Mathieu van der Poel (Alpecin) bisou na clássica Paris-Roubaix, sete dias depois de conquistar a Volta à Flandres, celebrando uma série de grandes feitos
Com um ataque a 60 quilómetros do final, o neerlandês igualou a fuga solitária mais longa de sempre, cruzando a meta com a maior vantagem em 22 anos. Foi ainda a edição mais rápida da história.
“Ele quase brincou connosco”. A constatação de Mads Pedersen (Lidl-Trek), no final da 121.ª Paris-Roubaix, dizia tudo sobre a enorme superioridade de Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), que conquistou a clássica pelo segundo ano consecutivo e vol
vidos apenas sete dias de arrebatar a Volta à Flandres. No conhecido “Inferno do Norte”, com muitas zonas de empedrado, o neerlandês foi ainda maisarrasador,comumataque fulminante a 60 quilómetros da meta, após uma primeira movimentação a faltarem 95. “MVDP” igualou a fuga solitária mais longa de sempre na prova (a par de Andrei Tchmil em 1994), na edição mais rápida da história (47,802 km/h). “É difícil acreditar. Talvez tenhamos estado mais fortes como equipa do que no ano passado. Estou orgulhoso. Não estava previsto atacar tão cedo,
mas quis endurecer a corrida. Senti-me ótimo”, declarou o campeão mundial de fundo. Os três minutos de vantagem com que chegou ao Velódromo de Roubaix foi a maior margem desde 2002, tornando-se o primeiro desde Tom Boonen (2009) a revalidar a vitória e o primeiro a juntar a Flandres a esta clássica desde Fabio Cancellara (2013). Ao todo, Van der Poel contabiliza seis “Monumentos”(trêsnaFlandres,dois em Roubaix e um na MilãoSanremo), sendo o mais bemsucedido no ativo, à frente de Tadej Pogacar (UAE Emirates), que tem cinco. Na luta pelo pó
dio, o colega Jasper Philipsen, Pedersen e Nils Politt (UAE Emirates) chegaram juntos ao Velódromo: o belga levou a melhor sobre o dinamarquês e o alemão no derradeiro sprint repetindo o segundo posto de 2023.
“Nunca sonhei com algo assim quando era criança e agora não tenho palavras”
Mathieu van der Poel AlpecinDeceuninck