O Jogo

Um dragão que caminha sobre brasas

- Jorge.maia@ojogo.pt

O descontrol­o emocional voltou a marcar a exibição do FC Porto que, de repente, tem o Braga e o Vitória colados ao terceiro lugar e parece cada vez mais fácil de enervar pelos adversário­s.

1Tal como tinha acontecido no Estoril, o FC Porto voltou a ser vítima de descontrol­o emocional. Desta vez, foi Pepe, o capitão e mais experiente dos jogadores portistas, a não resistir à tentação de contestar uma decisão, acabando expulso e compromete­ndo o esforço de reação que os dragões esboçavam na altura. O FC Porto sofreu a sexta derrota no campeonato, a segunda no Dragão, perdeu a oportunida­de de se afastar do Braga e deixou o Vitória entrar na luta pelo terceiro lugar. Mais do que isso, levou um forte abalo nas respetivas convicções, que prometem voltar a ser testadas por este Vitória no dia 17, quando se disputar a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal. De repente, uma vantagem de 1-0 parece muito curta para justificar qualquer tipo de conforto.

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No espaço de um pouco menos de uma semana, o Benfica compromete­u duas das três frentes que mantinha ativas. Eliminado da Taça de Portugal, à distância de um pequeno milagre da revalidaçã­o do título de campeão, sobra a Roger Schmidt a

Liga Europa como objetivo difícil, mas alcançável. Sim, o lago começa a ficar apertado e o confronto com um dos dois ou três tubarões que por ali nadam é cada vez mais inevitável, mas o Benfica que jogou olhos nos olhos com o Sporting duas vezes tem condições para aspirar a mais do que os quartos de final. Claro que avançar na Europa implica sobrecarre­gar a agenda interna, mas com nove pontos de vantagem sobre os dragões, talvez faça sentido apostar algumas fichas no brilharete europeu.

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