“ESTARMOS AQUI JÁ É UMA SURPRESA”
Zé Pedro bisou na vitória sobre o Amarante, por 3-2, o único desaire do rival em casa esta época, empurrando a equipa para o primeiro lugar
O avançado, de 31 anos, esteve no Länk Vilaverdense na primeira metade da época, mas o nascimento da filha, levou-o a mudarse para o clube da terra de onde é natural. O objetivo “era só a permanência”.
ANDRÉ BASTOS
O Limianos pode gabar-se de ser a única equipa capaz de vencer no terreno do Amarante esta época (3-2), adversário que apenas averbou dois desaires fora de casa, um frente ao Valadares (2-1), para o campeonato, e outro diante do Gil Vicente, nos oitavos-de- final da Taça de Portugal (3-1).
Zé Pedro foi o grande destaque da equipa orientada por Rui Carvalhal, com um bis aos amarantinos. “Em termos individuais foi o meu melhor jogo desta temporada, o que se refletiu também nos golos e tendo em conta o adversário que era, muito forte em casa e com um público incrível. Tentámos contrariar o seu poderio ofensivo e explorar os pontos mais fracos”, conta a O JOGO o avançado do Limianos, brincando por ter marcado “com os pés” quando a sua “principal arma é o jogo aéreo”. Este resultado permitiu à equipa de Ponte de Lima subir ao primeiro lugar da fase de promoção, em igualdade pontual com o S. João de Ver. “Já é uma surpresa estarmos nesta fase, pois o objetivo era a manutenção, ao contrário das outras três equipas deste grupo. Temos superado, e muito, as expectativas iniciais, até ao vencer a Série A”, destaca. No clube desde janeiro, depois de duas épocas e meia no Länk Vilaverdense, Zé Pedro justifica a mudança. “Deveu-se a motivos familiares. Nasceu a minha filha, por isso quis ficar mais perto de casa. Com o Länk a jogar em Coimbra tinha de fazer muitas deslocações”, explica o jogador de 31 anos, natural de Ponte de Lima e a cumprir a terceira passagem pelo clube. “Já fui treinador da formação e coordenador, e sempre fui adepto. Noto um crescimento muito grande nos últimos anos ao nível das infraestruturas. Falta só um relvado, porque somos os únicos a jogar em sintético, tentando sustentar esta equipa nos campeonatos nacionais para que não haja um sobe e desce aos distritais”, analisa Zé Pedro, já a pensar na receção ao Pevidém.
“A minha arma é o jogo aéreo, mas até marquei com os pés. Para crescer, falta-nos um relvado”
Zé Pedro Jogador do Limianos