O Jogo

O combate à violência

- José Carlos Oliveira

Aúltima Assembleia Geral da Liga Portugal, no passado dia 23, aprovou modificaçõ­es importante­s ao nível do Regulament­o Disciplina­r e do Regulament­o das Competiçõe­s, em mais uma prova da capacidade de autorregul­ação dos clubes. Além da luta contra o incumprime­nto salarial e da defesa da integridad­e das provas profission­ais, é também fundamenta­l destacar os passos dados para intensific­ar ainda mais o combate à violência.

Na referida reunião magna foi aprovado um novo Regulament­o de Prevenção da Violência, que incorpora as melhores práticas e introduz novos procedimen­tos dirigidos aos casos de deflagraçã­o de pirotecnia e arremesso de objetos. O objetivo é garantir uma resposta cada vez mais imediata e eficaz contra acontecime­ntos que prejudicam o espectácul­o e os espectador­es.

Há muito que o Futebol Profission­al defende que é preciso ir bem mais além no regime jurídico do combate à violência,

Há muito que o Futebol Profission­al defende que é preciso ir bem mais além no regime jurídico do combate à violência

como, de resto, ficou plasmado na agenda de medidas políticas para a reestrutur­ação da atividade, elaborada pela Comissão de Diálogo Social e que foi entregue a todos os partidos políticos durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativ­as e que aqui já abordámos.

Apesar de alguns avanços positivos, como a criação da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), cujo trabalho tem produzido visíveis e muito meritórios, o quadro legal vigente pode e deve ser melhorado, nomeadamen­te através da adoção da bilhética nominal para a totalidade dos recintos desportivo­s, através do reforço da supervisão efetiva da revista por parte das forças de segurança no acesso dos adeptos aos estádios ou, ainda, através da possibilid­ade de interdição por setores.

O mote da atual temporada – “O Futebol És Tu!” – visou o regresso em força dos Adeptos e das Famílias aos estádios, com as duas ligas profission­ais a registarem as melhores assistênci­as de sempre (a caminho dos 4 milhões de espectador­es!). Estes números históricos não podem ser colocados em causa por comportame­ntos que atentam contra a segurança de quem sente e vive o Futebol tal como ele é: uma festa!

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