O combate à violência
Aúltima Assembleia Geral da Liga Portugal, no passado dia 23, aprovou modificações importantes ao nível do Regulamento Disciplinar e do Regulamento das Competições, em mais uma prova da capacidade de autorregulação dos clubes. Além da luta contra o incumprimento salarial e da defesa da integridade das provas profissionais, é também fundamental destacar os passos dados para intensificar ainda mais o combate à violência.
Na referida reunião magna foi aprovado um novo Regulamento de Prevenção da Violência, que incorpora as melhores práticas e introduz novos procedimentos dirigidos aos casos de deflagração de pirotecnia e arremesso de objetos. O objetivo é garantir uma resposta cada vez mais imediata e eficaz contra acontecimentos que prejudicam o espectáculo e os espectadores.
Há muito que o Futebol Profissional defende que é preciso ir bem mais além no regime jurídico do combate à violência,
Há muito que o Futebol Profissional defende que é preciso ir bem mais além no regime jurídico do combate à violência
como, de resto, ficou plasmado na agenda de medidas políticas para a reestruturação da atividade, elaborada pela Comissão de Diálogo Social e que foi entregue a todos os partidos políticos durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativas e que aqui já abordámos.
Apesar de alguns avanços positivos, como a criação da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), cujo trabalho tem produzido visíveis e muito meritórios, o quadro legal vigente pode e deve ser melhorado, nomeadamente através da adoção da bilhética nominal para a totalidade dos recintos desportivos, através do reforço da supervisão efetiva da revista por parte das forças de segurança no acesso dos adeptos aos estádios ou, ainda, através da possibilidade de interdição por setores.
O mote da atual temporada – “O Futebol És Tu!” – visou o regresso em força dos Adeptos e das Famílias aos estádios, com as duas ligas profissionais a registarem as melhores assistências de sempre (a caminho dos 4 milhões de espectadores!). Estes números históricos não podem ser colocados em causa por comportamentos que atentam contra a segurança de quem sente e vive o Futebol tal como ele é: uma festa!