A qualidade contra a “fome”
O PSG detém o estatuto de ultrafavorito, mas o Dortmund já demonstrou que não vira a cara à luta
O embate de hoje leva um dos mais fortes candidatos a vencer a prova ao reduto de um clube queé, inquestionavelmente, agrandesur presa desta edição. ODortmund, finalista venci doem 2012/13, ainda comJurgenKlopp,é quinto classificado na Bundesliga e não mais havia chegado a esta fase da competição desde então, mas tem a seu favor o facto de ter ganho o chamado “grupo da morte”, onde constava o... PSG.
“Eles foram construídos para ganhar a Champions, é a meta deste projeto há uma década. Têm uma qualidade incrível e se tivermos de nos focar numa coisa, tem de ser na bola. Se a tivermos, eles não a vão ter. Essaéa chave. Se pressionarmos alto e colocarmos velocidade no nosso jogo, teremos a nossa oportunidade. Tudo é possível para nós. Éramos favoritos no grupo? Ou contra o Atlético? Podemos ter menos experiência como equipa, mas talvez tenhamos mais fome”, salientou Edin Terzic, descartando a possibilidade de marcar Mbappé de forma individual: “Se me focar apenas no Mbappé, então oDembélé,ouo[Gonçalo]Ramos, ou o Vitinha, ou o Hakimi, ou Kolo Muani e todos os outros, aparecem.”
O nome de Vitinha, de resto, foi o mais mencionado na antevisão do encontro. Primeiro por Gonçalo Ramos, que descreveu o compatriota como “um dos jogadores mais importantes” do PSG na época em curso, e depois pelo próprio treinador, que foi ainda mais longe nos elogios ao médio luso.
“É um dos melhores médios do mundo. Tanto joga a médio interior como defensivo. Além disso, chega à área adversária para fazer golos. As melhorias no seu desempenho defensivo são minha responsabilidade. É, sem dúvida, um dos melhores do nosso plantel”, atirou Luis Enrique sobre o jogador com maior percentagem de passes completos sob pressão, segundo os dados da Opta (96 por cento, com apenas dez falhados em 222 tentativas), e que já soma nove golos na temporada - dois dos quais apontados nas duas partidas da meia-final ante o Barcelona.
O estatuto de favorito absoluto, todavia, é algo que não agrada tanto ao treinador espanhol. “É por isso que digo que a imprensa não entende quase nada de futebol. Estamos no início de um projeto e fomos melhorando ao longo da temporada. Claro que será uma deceção não chegar à final, mas isso será igual para qualquer das quatro equipas que estão nas meias-finais”, concluiu Luis Enrique.