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O futuro da Mercedes chama-se CASE

O que é que uma marca de automóveis faz numa feira dedicada a smartphone­s, tablets e outros pequenos gadgets? É preciso não esquecer que o que significa ‘Mobile’ em ‘Mobile World Congress’, não é verdade?

- POR RICARDO DURAND, EM BARCELONA

Apresença da marca alemã de automóveis no Mobile World Congress serviu para apresentar o conceito ‘CASE’. Esta sigla, que significa ‘Connected’ (ligado), ‘Autonomous’ (autónomo’), ‘Shared & Service’ (partilhado e serviço) e ‘Electric Drive’ (condução eléctrica) define toda uma realidade que já começa a ser desvendada pela marca em alguns modelos. Veja-se, por exemplo, o caso do Mercedes-Benz Classe E Coupé, que esteve em exposição no stand da marca alemã em Barcelona. Com um interior que parece ter sido retirado de uma nave espacial de um filme de sci-fi, este automóvel tem uma plataforma tecnológic­a COMMAND Online, que se reflecte num ecrã de grandes dimensões a bordo. Aqui, é possível ter informaçõe­s em tempo real do trânsito e receber comunicaçõ­es de outros veículos, aquilo a que a Mercedes chama ‘Car-to-X Communicat­ion’. Ou seja, se um automóvel Mercedes amigo detectar um acidente que fica na sua rota, é-lhe enviado um aviso para que possa alterar o caminho a tempo. E aqui, arruma-se a primeira letra do CASE: vão ser os carros ligados (connected). Os veículos autónomos (‘A’), por outro lado, já fazem parte do presente: a Mercedes tem já automóveis que se conduzem sozinhos, mas que, devido às restrições da legislação portuguesa, não podem ser vendidos com esse recurso nos concession­ários nacionais. Mas será uma questão de tempo até que tudo esteja legalizado e que possa ir para o trabalho a ler o jornal enquanto o Mercedes vai ‘surfando’ pelo trânsito. A letra‘E’ também é fácil de perceber: os veículos eléctricos serão o futuro e a Mercedes criou o protótipo EQ que também parece ter sido tirado de um filme - com uma forma oval e cheio de LED azuis, não tem motor de combustão e esteve presente no MWC sob forma de uma experiênci­a de realidade virtual. Para já, só assim é que se pode conduzir este protótipo. Finalmente, a letra ‘S’ que em português se transforma, parcialmen­te, em ‘P’ de partilha; aqui, o que a Mercedes quer é que ‘empreste’ o carro a amigos ou família quando não o está a usar, tudo gerido com uma app para smartphone: é uma espécie de car-sharing restrito, portanto. Já o ‘S’ de serviços, que se mantém em português, fica reservado para o sector profission­al, e vai servir para gerir frotas de camiões e carrinhas. Vai ser um CASE sério.

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