A confusão nas linhas de produtos
O mercado está um caos. Isto é culpa das marcas que não decidem que linha devem atribuir a cada um dos seus novos produtos. O nosso chefe de redacção Gustavo Dias escreveu, o mês passado, na sua crónica, sobre a confusão nos monitores relativamente ao 4K, Ultra HD e tecnologias dos painéis, mas o problema é geral. Pode não parecer nada de mais, mas este caos é muito frustrante para nós, que vos escrevemos sobre tecnologia e gostamos de saber o que está por detrás de cada produto e em que segmento se insere. Sinto isso nos processadores, placas-mãe e placas gráficas, onde cada geração traz uma nova linha para muitas marcas, o que leva a que se perca a continuidade daquilo que ocupa que segmento, ficando muito difícil ajudar quem procura um novo computador. A agravar isto existem as linhas que, por motivos de cor ou funcionalidades, ficam populares e onde novos produtos, que em nada partilham a filosofia dos originais, são colocados em posição de usufruírem desse estatuto, decisão penalizadora para o utilizador final. É muito mau actualizar o computador a confiar numa gama, ou marca, e ser surpreendido com um produto inferior. Felizmente, algumas marcas gostam de combater isso: a MSI fez um rebranding total para gaming com um magnífico foco em manter cada linha fiel a si mesma; a AMD, com a aposta nos Ryzen (3,5 e 7), assemelha-se aos Core i da Intel (3,5 e 7), como nos velhos tempos dos Athlon 64 em que a terminação dos CPU da AMD ajudava a comparar aos equivalentes da Intel.