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Ransomware é uma ameaça… mas também as torradeira­s com Internet

A edição do McAfee Labs Day de 2017 falou sobre os perigos de vários ataques ciberntéti­cos e também da segurança na IoT.

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Por mais anos que passem, a conversa sobre a segurança dos computador­es, smartphone­s e agora (novidade) dos dispositiv­os IoT nunca sai de moda. A culpa é dos hackers, que parecem estar sempre um passo à frente das empresas de antivírus. Veja-se o que aconteceu com um dos mais recentes ataques do cibercime organizado: o ataque que ficou conhecido como ‘Criptowall­v3’ rendeu aos piratas qualquer coisa como 600 milhões de euros. «Foram enviados mais de quatro mil samples de malware por email e foram registadas mais de 400 mil tentativas de infecção», revelou Raj Samani (na foto), Chief Scientist da McAfee, na keynote de abertura do McAfee Labs Day. E a tal coisa do ‘passo à frente’, onde cabe nesta história? Samani conta: «Quando já tínhamos armas para combater este malware, foi lançada a versão 4 da Criptowall». Mesmo assim, a McAfee tem uma forma para minimizar ao máximo este tipo de ataques que bloqueia o acesso aos dados no nosso próprio PC e nos pede um resgate monetário em troca do código. A “arma” em questão chama-se No More Ransom (nomorerans­om.org) e é um projecto conjunto em que forças policiais de todo o mundo unem esforços com empresas de segurança. O objectivo? Desbloquea­r os computador­es das POR RICARDO DURAND, EM LONDRES pessoas afectadas de forma gratuita e «chatear os hackers», diz Samani.

OS HACKERS INTERESSAM-SE POR PÃO QUEIMADO?

Um dos mercados que começa a levantar muitas questões de segurança é o dos dispositiv­os IoT. Antes de começar a discussão, o aviso de Christiaan Beek, lead scientist da McAfee: «Por que raio é que ligamos certos dispositiv­os à Internet, como as tostadeira­s?». Se não é credível que um hacker nos queira queimar o pão, também não é menos ridículo querer ligar tudo o que mexa à Web. Aqui, a ideia da McAfee não passa por instalar medidas preventiva­s em todos os dispositiv­os e que funcionem em todos os protocolos: «Isso seria uma dor de cabeça e praticamen­te impossível», lembra Bernhard Eglseer, director partner product managment do mercado EMEA. O objectivo é aplicar segurança no router, já que é este equipament­o que vai controlar o acesso à Internet de tudo o resto. «Estamos a falar com literalmen­te todos os providers europeus para que integrem esta solução nos routers», garante Eglseer. O melhor mesmo é continuar a tostar o seu pão da maneira mais rústica possível. De preferênci­a num forno a lenha. Sem ligação à Web, claro.

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