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A EXPANSÃO DA KNOK

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José Bastos e Pedro Moreira são pais: José tem dois filhos; no caso de Pedro, são três. Tal como várias startups, também a knok surgiu a partir das necessidad­es do dia-a-dia, quando os dois fundadores se viram confrontad­os com filhos doentes e tempos de espera elevados nas urgências. José, com uma avó com problemas de mobilidade sérios, questionav­ase: como levá-la ao hospital? A juntar a isto, ainda havia a questão da continuida­de: «Em todos os casos, os pacientes acabavam por ser vistos por médicos diferentes, sem acesso ao diagnóstic­o do médico anterior, fazendo um novo diagnóstic­o de cada vez», contam os fundadores, que explicam a situação ideal: «Devíamos ser capazes de chamar sempre o mesmo médico para garantir continuida­de, e com possibilid­ade de ir a nossa casa». E assim surgia a ideia da knok, uma app que permite ver quem são os médicos disponívei­s para consulta, visualizar os CV e especialid­ades, chamar o médico, pagar através da aplicação e, no final, avaliar a consulta. «Temos uma taxa média de cresciment­o semanal de 10% e 99% de avaliações das consultas têm nota máxima. Portanto, os doentes estão a gostar». Durante cerca de seis meses, a knok desenvolve­u o projecto e criou um marketplac­e que fornece consultas (com valores a partir de 49 euros), em troca de uma pequena contrapart­ida para os médicos. «Caso o doente tenha seguro de saúde, poderá pedir o reembolso da consulta fora da rede e tem reembolsos que, em média, são de 50% do valor da consulta», explicam os fundadores da knok. Para os médicos, a app é gratuita: «Não há qualquer custo para os médicos entrarem na knok nem para estarem visíveis aos pacientes».

Os responsáve­is pela startup são claros em relação ao público-alvo: crianças e idosos, «as camadas mais frágeis da população e aqueles que têm maior necessidad­e de um médico on-demand», indicam. Mas a empresa quer ser também atractiva para outras idades. «Estamos a trabalhar afincadame­nte para alargar a atractivid­ade da knok aos adultos, com soluções ainda mais convenient­es e preços acessíveis». A ideia da knok é que possa servir como «resposta adequada em situações de saúde primária», com os fundadores a acreditar que os sistemas de saúde estão «desenhados para situações agudas e graves», problema que não é um exclusivo nacional. Além das filas, um dos objectivos da app é também o de poder evitar contágios hospitalar­es – mas se houver situações com maior gravidade, os doentes são referencia­dos para o hospital. A knok quer crescer em Portugal e ultrapassa­r fronteiras. «Vamos lançar o serviço em Madrid e crescer para outras cidades. Ainda no segundo trimestre, queremos melhorar de forma muito diferencia­dora os canais de comunicaçã­o entre os nossos pacientes e médicos», concluem os responsáve­is.

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