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RAZER RAIJU PS4

Será possível melhorar elhorar um original? A Razer acredita que sim. m.

- P.Tróia

Se há coisa a que os fabricante­s de consolas dão atenção enção máxima, durante o período de desenvolvi­mento de cada a geração dos seus produtos, é ao design n dos comandos. Afinal, eles servem de interface terface entre o jogador e a consola e ficamm horas nas mãos de quem passar horas a jogar. Por isso, os comandos têm de ser fortes, para aguentar milhões de cliques nos botões e outros tantos movimentos dos joysticks analógicos. O seu design também tem de se adaptar à forma das mãos de um máximo possível de clientes, sejam elas grandes, pequenas, gordas ou magras.

APRENDER COM OS MELHORES

É consensual que um dos melhores designs de sempre para um comando de consola é o da Xbox 360 que combina, quase na perfeição peso, forma, posicionam­ento dos joysticks e botões no comando. Já a Sony, decidiu-se por um design menos orgânico para o comando da sua PlayStatio­n original - apenas fez alterações tecnológic­as e alterou as dimensões. Mas o comando é basicament­e o mesmo desde a PS1 até hoje. O advento dos eSports, onde a velocidade é quase tudo, e a sua chegada às consolas, pôs a nu as fraquezas dos comandos tradiciona­is das consolas neste contexto, principalm­ente porque foram desenhados para serem fortes, mas não para serem muito precisos e rápidos. A Razer, um dos fabricante­s mais conhecidos de hardware para jogos de PC, fez uma incursão no apetecível mercado das consolas com a disponibil­ização de dois comandos para utilização na PS4 e Xbox One. Estes comandos são os indicados para quem quer velocidade total para ganhar alguma vantagem, principalm­ente em FPS. Assim nasceram o Raiju para PS4 e o Wildcat para a Xbox One que, exceptuand­o as cores, são muito semelhante­s na forma e funcionali­dades. Apesar de ser para PS4, o Raiju é semelhante a um comando para Xbox One, até no peso. A parte de cima é feita em plástico preto e a parte de baixo é revestida a borracha azul antiderrap­ante, que também reveste os comandos analógicos. Na parte de cima está também o sensor táctil que oferece a mesma funcionali­dade que existe no comando original, mas sem a iluminação que está presente nos modelos mais recentes. Em baixo está uma entrada que serve para ligar os auscultado­res e quatro botões: ligar e desligar o micro, o áudio, atribuir funções às teclas e alterar o perfil de utilização. Existem ainda quatro botões que não estão presentes nos comandos de série: dois gatilhos por baixo do comando, mais dois ‘shoulder buttons’ colocados ao lado dos originais. Os gatilhos têm um curso que é menos de metade dos gatilhos dos comandos de série, para que possam ser activados mais rapidament­e. O utilizador até pode definir o tamanho do seu curso.O Raiju não é wireless como os comandos de PS4. Primeiro, por o sistema sem fios introduz lag que pode ser a diferença entre vida ou morte; segundo, porque em muitas competiçõe­s de eSports não se podem usar comandos sem fios. O cabo USB tem três metros e é de excelente qualidade. A ficha microUSB que liga no comando tem uma forma que serve para impedir que se desligue acidentalm­ente quando se está a jogar, mas também impede que o cabo seja usado noutros dispositiv­os.

SUAVE, SUAVECITO

A minha experiênci­a de utilização foi muito agradável e nota-se que, realmente, este periférico está num campeonato diferente do dos comandos de série. Os joysticks analógicos são muito suaves e precisos e estão vários passos à frente dos originais. Os gatilhos-extra, com um curso mais pequeno dão vantagem quando quer disparar, embora seja em apenas alguns milésimos de segundo. No entanto, existem duas ou três notas que não posso deixar passar. A primeira, que não tem que ver com a Razer, é que a Sony não permite que os comandos fabricados por terceiros liguem a consola quando se prime a tecla ‘PS’ no comando. Por isso, se quiser jogar no sofá, terá de ligar a consola antes. A segunda, é que o comando não tem sepeaker, o que em certos jogos pode tirar um pouco a piada. Por outro lado, é preciso lembrar que o Raiju foi feito para eSports. A terceira, é a de que podia ter uma opção para funcionar em wireless. Não para quando se está a jogar mais seriamente, mas para quando se quer dar uns saltinhos no Little Big Planet só para descontrai­r.

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