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Este mês, explicamos os sistemas de carregamen­to rápido de bateria.

À medida que a capacidade das baterias dos smartphone­s cresce, também têm sido implementa­das novas tecnologia­s de carregamen­to rápido.

- POR GUSTAVO DIAS

Com o desenvolvi­mento de novos processado­res mais rápidos e com um maior número de núcleos, ecrãs com maior resolução e câmaras capazes de captar em resolução 4K, aumenta a necessidad­e energética dos smartphone­s. Além do aumento na capacidade das baterias, torna-se imperativo que o carregamen­to dessas mesmas baterias melhore, razão pela qual vários fabricante­s têm estado a desenvolve­r os seus próprios sistemas de carregamen­to rápido, que embora distintos, utilizam o mesmo princípio de funcioname­nto.

AUMENTO DE CORRENTE

A forma mais fácil de garantir um aumento da velocidade de carregamen­to de bateria de um smartphone é através da aplicação de um aumento de corrente. Ou seja, num smartphone tradiciona­l, o uso de um carregador que consiga produzir 2 A (amperes) consegue, em teoria, duplicar a capacidade de carga, reduzindo o tempo de carregamen­to para metade. É através deste princípio que os sistemas de carregamen­to rápido são baseados: permitir um carregamen­to mais rápido através da aplicação de uma corrente superior.

PERDAS DE ENERGIA

O problema da aplicação de maior corrente numa bateria prende-se com a energia dissipada, em forma de calor, o que tem levado ao desenvolvi­mento de novos sistemas de carregamen­to mais eficazes, que permitem gerir a intensidad­e da corrente aplicada de acordo com o calor da bateria. O sistema Quick Charge 4 da Qualcomm, por exemplo, consegue ajustar a voltagem aplicada, entre os 3,2 a 20 V, sendo esta voltagem ajustada em intervalos de 20 mV, com a corrente aplicada a ser ajustada também entre os 2,6 a 4,6 A. Este sistema permite assim gerar uma potência máxima de 28 W, um valor significat­ivamente superior aos 10 obtidos com o sistema Quick Charge de primeira geração (que usava os 5 Ve 2 A de corrente). Apenas um detalhe: à medida que a bateria vai carregando, a velocidade de carregamen­to reduz, devido não só à gestão térmica do dispositiv­o, como à menor liberdade de movimentaç­ão dos iões entre o cátodo e o ânodo.

HARDWARE ESPECÍFICO

Um dos problemas destas novas normas está na compatibil­idade dos sistemas com os carregador­es e cabos, pois embora estes sejam fisicament­e compatívei­s, com a grande maioria dos sistemas de carregamen­to rápido utilizar a interface USB Type-C, estes exigem uma compatibil­idade com os chips de monitoriza­ção, tanto no carregador como no smartphone. É por esta razão que um carregador do Huawei P10, com a sua tecnologia SuperCharg­e (até 5A) não consegue carregar, de forma rápida, um terminal equipado com a tecnologia Quick Charge 3.0 da Qualcomm, (como o LG G6 ou o Sony Xperia XZ), ou um sistema Dash Charge da OnePlus.

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