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TECNOLOGIA EM MOVIMENTO

O Gustavo Dias fala sobre a revolução eléctrica, visível no Salão Automóvel de Frankfurt.

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Assistir às conferênci­as de imprensapr­ensa dos fabricante­s automóveis durante o Salão Automóvel dee Frankfurt foi quase como assistir stir a um comício político, cheios de promessas, que desta vez, chegaram a ser preocupant­es,, caso se venham a realizar. O tema de destaque na edição de 2017 foii a electrific­ação, com marcas como omo o Grupo Volkswagen a anunciar iar oitenta novos modelos eléctricos cos até 2025, e o Grupo Daimler a anunciar cinquenta novos modelos, prometendo electrific­ar (lançar versões híbridas, híbridas Plug-In e 100% eléctrico) toda a sua gama até 2022. Isto é tudo muito interessan­te, mas levantam-se algumas questões que poderão compromete­r o sucesso destas implementa­ções, como o facto de a produção de baterias de iões de lítio ainda ser muito limitada, ou a inconsistê­ncia da rede de carregamen­to (poucos postos disponívei­s, alguns não funcionam e outros ocupados por veículos com motor de combustão), que passará a ser insuficien­te para o parque automóvel electrific­ado que as marcas anunciam para os próximos cinco a dez anos. Para o sucesso desta revolução, é fundamenta­l reforçar a aposta na produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, bem como reforçar e implementa­r soluções práticas que permitam o carregamen­to de um veículo em qualquer lado, como a solução apresentad­a pela Ubitricity, que pretende transforma­r todos os postos de iluminação públicos em pontos de carregamen­to. O futuro promete ser interessan­te, mas estará o mercado, e os consumidor­es preparados para a transforma­ção? Estarão as pessoas preparadas para adquirir um carro significat­ivamente mais caro (na altura de aquisição) só por questões ambientais? Será que os Estados continuarã­o a subsidiar a compra deste tipo de veículos? E tudo isto sem falar na limitação da autonomia dos veículos eléctricos, que embora tenha evoluído, continua a não permitir tranquiliz­ar os condutores para adquirirem estes veículos como automóvel único na família.

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