Em Setembro, vimos chegar mais três iPhones – o 8, 8 Plus e o iPhone X. E o Ricardo Durand tem algo a dizer sobre isto.

Não há qualquer hipótese, este ano, de a Apple ver o meu dinheiro contribuir para a causa ‘iPhone’. Mas que raio foi aquilo do iPhone 8? É sempre a mesma conversa da câmara com melhor qualidade, do processador mais rápido, dos jogos mais não sei quê? Mas esta cassete não se esgota em Cupertino? Até quando é que vamos levar com esta ladainha? Aquele que ficará para a história como o smartphone que mais depressa ficou obsoleto não surpreende em nada, nem mesmo no facto de ter uma traseira em vídeo, apenas porque a Apple decidiu que agora é que fazia sentido colocar carregamento sem fios na traquitana. Eu estava a ver a keynote em directo e, quando começou o vídeo de apresentação do iPhone 8, pensava que a marca estava a fazer uma introdução com os modelos do ano passado para depois passar para os novos. Uma espécie de: «Em 2016 era isto e este ano vamos subir de nível». O raciocínio era válido, até porque a Apple saltava a denominação ‘S’, que usava desde o iPhone 4. Era e foi, mas durante apenas vinte segundos, quando percebi que afinal o iPhone 8 era um iPhone 7 com uma traseira em vidro. É impressionante como a Apple desilude este ano nesta linha de inovação e como ainda se dá ao luxo de matar o seu iPhone “normal” dentro da sua própria casa e num auditório com o nome de Steve Jobs. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que a Apple cometeu aqui um grande erro: o iPhone X devia ser, então, o tal modelo 8, com todas as tecnologias, design e todos aqueles pozinhos da tanga que foram anunciados. Imagino responsáveis das marcas Android a ver esta keynote: aquele meme onde uma data de políticos se está a rir e que serve para ilustrar uma situação em que há alguém muito ingénuo que acredita numa realidade que não existe. Agora, a minha pergunta é: quando é que vai haver uma oportunidade de ir aos EUA para comprar o iPhone X a 999 dólares? É que eu quero mesmo o raio do telefone.