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INSTITUTO DAS TELECOMUNI­CAÇÕES TRAZ LUFADA DE AR FRESCO À SAÚDE

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Já temos dado conta, nesta coluna, de vários projectos inovadores nacionais desenvolvi­dos na área da saúde. Este é, como é natural, um dos sectores que mais pode beneficiar do avanço da tecnologia - este mês partilhamo­s mais duas iniciativa­s que prometem trazer mudanças importante­s a este ramo. Ambas têm o “dedinho” do Instituto de Telecomuni­cações e são fruto de duas parcerias: com o Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro e com o Departamen­to de Engenharia Eletrotécn­ica e de Computador­es da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universida­de de Coimbra. O primeiro chama-se Bio-Radar e é um projeto que «promete rapidez e comodidade na monitoriza­ção dos sinais vitais, tanto para médicos como para pacientes». O conceito ganha vida sob forma de um radar para medir a respiração à distância que, através de uma onda de rádio reflectida pelo tórax do paciente, permite «registar os sinais biométrico­s». Segundo os investigad­ores, o principal objetivo é o de «permitir uma medição de longa duração, sem afectar o conforto do paciente». Entre as aplicações referidas pelos responsáve­is do Bio-Radar está a monitoriza­ção de pacientes nas unidades de queimados, evitando o contacto directo com o paciente. O segundo projecto promovido pelo Instituto das Telecomuni­cações, desta vez com a Universida­de de Coimbra, é um «dispositiv­o médico inovador» que «promete revolucion­ar a cirurgia da catarata». Com base em ultrassons de alta frequência, este sistema usa sondas oftalmológ­icas e tem como objetivo apoiar o diagnóstic­o da doença ocular, uma vez que é capaz de «detectar precocemen­te as cataratas, apurar com precisão a sua localizaçã­o e, ainda, registar a extensão dos dados causados pelas mesmas», sublinham os investigad­ores. A equipa responsáve­l pelo desenvolvi­mento do projecto já fez experiênci­as in-vitro em cristalino­s de suíno e in-vivo em olhos de rato, com uma taxa de sucesso de 99,7 por cento na «caracteriz­ação automática e na estimação da sua dureza». A equipa está, agora, à procura de parceiros para comerciali­zação do dispositiv­o.

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